Médicos se surpreendem com olhos de chinês que brilham no escuro

24/1/2012
Caso do menino intriga médicos. Foto: CCTV/Reprodução
Caso do menino intriga médicos
Foto: CCTV/Reprodução
Uma anomalia pouco comum está intrigando os médicos chineses que atendem o jovem Nong Youhui. O garoto chinês nasceu com olhos azuis - fato que já é muito raro entre os chineses - e ainda tem uma incrível capacidade de enxergar no escuro. O mais fascinante é que os olhos do menino são como olhos de gato, pois brilham quando há pouca presença de luz.

O pai de Nong disse que, quando o filho era menor, os médicos falaram que os olhos do garoto voltariam a ser pretos como o de qualquer outro chinês. Porém, a criança cresceu e a anomalia não retrocedeu.
O caso vem sendo estudado há anos por cientistas, mas ainda não há respostas concretas sobre a anomalia. Confira um vídeo sobre o caso no TecMundo.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5574275-EI238,00-Medicos+se+surpreendem+com+olhos+de+chines+que+brilham+no+escuro.html

Prefeitura de Arujá investiu mais de R$ 22 milhões em Saúde no ano de 2011

A Prefeitura de Arujá investiu um total de R$ 22.152.425,96 na área da Saúde no ano passado. A aplicação foi 2,77% maior do que o exigido pela Constituição Federal. Os dados sobre os investimentos em programas e ações foram apresentados nesta segunda-feira (23/01), em audiência pública da Secretaria Municipal de Saúde para prestação de contas do 4º trimestre de 2011, realizada na Câmara Municipal.
Conforme a emenda constitucional 29/2000, o município deveria gastar 15% do orçamento de 2011, precisamente R$ 18.703.992,14, em Saúde. O total empenhado em ações da Pasta, no entanto, chegou a R$ 17,77%. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Dagmar Barbosa Corato, o investimento ultrapassou a meta exigida por Lei nos quatro trimestres do ano passado.
"Os investimentos para a Saúde só não foram maiores porque dependemos da arrecadação. Mesmo assim, tivemos realizações muito importantes", disse. Entre as metas atingidas no último trimestre de 2011 estão a entrega do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) - que oferece serviços especializados - e do Centro de Especialidades Médicas (CEM), que substitui o atendimento antes ofertado no CS II.
CEO E CEM
Ambos os serviços são de referência, ou seja, para que o cidadão possa receber o atendimento é necessário passar pelas Unidades Básicas de Saúde. O médico ou o dentista da UBS avalia o paciente e, conforme a necessidade, o encaminha para o CEO ou para o CEM, que funcionam no mesmo prédio, localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, 211, no Jardim Rincão.
"Na inauguração das unidades, tivemos a presença do coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, que esteve nas UBSs da cidade, parabenizou nossa gestão pela estrutura oferecida e inclusive está encaminhando mais equipamentos de odontologia para Arujá. É um reconhecimento pelo trabalho que estamos realizando", disse a secretária.
Novos sistemas são implantados
Dagmar também ressaltou a implantação, no terceiro trimestre, do Sistema de Regulação (Sisreg) e do Hórus (Sistema de Assistência Farmacêutica). O primeiro gerencia o agendamento de consultas, permitindo a otimização da oferta de vagas nas unidades, diminuindo o tempo de espera do paciente por consultas. Já o segundo permite o gerenciamento da distribuição de medicamentos nas farmácias das unidades.
"Com essa integração da rede, nós percebemos que há um número muito grande de pessoas que agendam a consulta e não comparecem no dia marcado (o chamado absenteísmo), acabando por prejudicar não apenas nosso sistema, mas também aquele paciente que buscou a vaga, poderia ter sido encaixado naquele horário e não conseguiu por já estar preenchido", disse.
Apesar do prejuízo causado aos próprios usuários da Saúde, o absenteísmo não vem prejudicando as finanças da Saúde, de acordo com Dagmar. Isso porque, com os serviços de saúde interligados, é possível realizar um controle de pacientes faltantes. Dessa forma, o município paga apenas pelo atendimento prestado: "Se a pessoa não vai, nós não pagamos pelo serviço. Essa é uma vantagem do novo sistema".
Cartilha de Assistência Farmacêutica
Outra meta atingida pela Secretaria de Saúde nos últimos meses é a elaboração, o lançamento e a distribuição da Cartilha de Assistência Farmacêutica, informativo que relaciona todo o elenco de medicamentos oferecidos nos dispensários das unidades básicas. O documento é destinado a médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e dispensadores de medicamentos.
De acordo com a Secretaria de Saúde, mais que atender a uma diretriz do Ministério da Saúde que vale para todos os municípios, que é a de implementação da REMUNE (Relação Municipal de Medicamentos Essenciais), o material foi elaborado a pedidos de médicos e enfermeiros, que alegavam não ter conhecimento do elenco ofertado nas unidades de saúde.
Ações atingem objetivos
Durante a audiência, os profissionais da Saúde descreveram todas as ações realizadas nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2011, como as campanhas de vacinação; programa de combate à Dengue e programa estadual de monitoramento da qualidade da água.
O DST Aids, com a campanha Fique Sabendo, realizou 589 testes de HIV nas unidades básicas e postos de Saúde.
A atenção básica em saúde manteve seu nível de atendimento nas UBSs. Já a Saúde Bucal, com os projetos Aprender Sorrindo e Viver Sorrindo, atingiu 5.030 pessoas realizando um total de 11.309 procedimentos curativos e 4.912 preventivos. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), por sua vez, atendeu 2.359 pacientes e realizou 3.982 atendimentos individuais.
Os mutirões da campanha da saúde da mulher, promovidos aos sábados nas unidades básicas, também tiveram saldo positivo: 7.946 mulheres fizeram o exame preventivo de câncer do colo do útero e 2.876 preveniram o câncer de mama, com a mamografia. Nos últimos três meses, o Pronto Atendimento Central prestou 25.460 atendimentos, enquanto foram realizados 212 partos na Maternidade Municipal. O PA do Barreto, por sua vez, teve um total de 10.861 atendimentos.

http://www.jornaldacidadearuja.com.br/noticias.php?id_noticia=9566&idioma=16

Alagoas é o 3° estado com mais casos de assassinatos de homossexuais


24/1/2012
Um levantamento feito pelo Grupo Gay de Alagoas (GGAL) aponta que Maceió é a terceira capital brasileira com maior número de assassinatos de homossexuais, com 19 pessoas mortas em 2011. A Bahia encabeça a lista, com 19 mortos, seguida por Pernambuco e pela Paraíba, com 21 homossexuais assassinados em cada estado. Somente neste mês, outras duas mortes suspeitas de crime homofóbico ocorreram em Maceió.
 
Os dados foram fornecidos na manhã desta terça-feira (24), na sede do Centro de Cidadania LGBT. Segundo Luiz Mott, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e decano movimento gayem Alagoas, para acabar com essa situação é necessário um tratamento de choque. “A presidente Dilma deveria que aparecer em rede nacional e pedir um basta, explicar as políticas públicas voltadas ao grupo LGBT. Já houve um avanço, mas é preciso chamar ainda mais atenção à causa”, afirmou.

Para o professor, a causa para as três capitais que estão no topo da lista de violência contra os homossexuais serem nordestinas têm uma razão cultural. “Essa é uma região marcada pelo coronelismo e pelo machismo. A intolerância às diferenças ainda é muito grande”.

Um dos grandes problemas do grupo é que, mesmo quando um pacto federativo é feito, muitas vezes as ações não são efetivamente realizadas por não haver comprometimento do Estado e do Município. 
 
No âmbito municipal, foi criado um núcleo de diversidade sexual nas escolas em Maceió, pela Secretaria de Assistência Social e está sendo elaborado um plano municipal de cidadania LGBT. “O objetivo é educar ,sob a ótica do movimento, que ser gay não é crime”, explicou Marcelo Nacimento, um dos fundadores do GGAL.

Segundo Dino Alvez, diretor da ONG Pró-Vida LGBT, no âmbito estadual será criado um grupo de trabalho de segurança, que reunirá um grupo multidisciplinar para analisar os crimes homofóbicos no estado.


 Gazetaweb, com Pinhas Furtado e Katherine Coutinho

Síndrome da Bexiga Hiperativa serve a interesses comerciais, não dos pacientes

21/1/2012
Remédios que não funcionam
É bom se preparar para mais uma armadilha da chamada "medicalização, a "fabricação de doenças" por interesses comerciais.
Dois médicos finlandeses fizeram uma extensa pesquisa sobre a "síndrome da bexiga hiperativa", e verificaram que há muito pouco de científico e muito de interesse comercial por trás dessa nova "doença".
"A síndrome da bexiga hiperativa tornou-se uma forma aceita para simplificar um conjunto complexo de sintomas, levando as pessoas a acreditar que bexiga hiperativa seja uma doença independente em si mesmo," explica o Dr. Kari Tikkinen, que realizou o estudo juntamente com seu colega Anssi Auvinen.
"No entanto, a verdade não é tão simples assim, já que geralmente há vários fatores operando para explicar os sintomas. Esta é também uma das razões pelas quais os chamados medicamentos para bexiga hiperativa frequentemente não trazem o resultado esperado," completa o pesquisador.
O artigo sobre a síndrome da bexiga hiperativa foi publicado no European Urology.
Bexiga hiperativa
A expressão "bexiga hiperativa" foi cunhada em um simpósio patrocinado pela indústria farmacêutica, realizado em 1997.
No ano seguinte, o FDA, órgão de saúde dos Estados Unidos, aprovou o primeiro medicamento para o tratamento de "sintomas de bexiga hiperativa".
Logo depois, a indústria farmacêutica iniciou um esforço intenso de campanhas em todo o mundo, promovendo medicamentos destinados ao tratamento da "síndrome".
A síndrome da bexiga hiperativa é atualmente definida como a presença de urgência miccional, com ou sem incontinência, geralmente com aumento da frequência diurna e noturna na ausência de infecção ou outra patologia óbvia.
"A definição é vaga e ambígua, pois inclui termos inespecíficos, como 'geralmente' e 'com ou sem", e a expressão pouca clara 'outra patologia óbvia'," diz Tikkinen.
E o médico continua: "Para a indústria farmacêutica, esta definição é provavelmente bastante útil, uma vez que, por ela, um medicamento pode ser prescrito para um grande número de pacientes."
Interesses comerciais
Para elaborar o artigo, os dois pesquisadores revisaram sistematicamente todos os estudos sobre bexiga hiperativa e os canais pelos quais estes estudos foram financiados.
Os resultados mostram que as pesquisas em bexiga hiperativa tem aumentado significativamente nos últimos 10 anos, e a indústria farmacêutica tem investido muito neles.
"Já se demonstrou anteriormente que pesquisas financiadas por agentes comerciais frequentemente acabam não sendo publicadas se os resultados não servem aos interesses da empresa", ressalta Tikkinen.
Os pesquisadores argumentam que os sintomas de uma "bexiga hiperativa" devem ser estudados individualmente, e não como uma ambígua constelação de sintomas.
Desta forma, as causas subjacentes aos sintomas poderão ser mais bem compreendidas, e tratamentos eficazes poderão ser desenvolvidos.

http://diariodasaude.com.br/news.php?article=sindrome-bexiga-hiperativa-serve&id=7338

Coragem presente, covardia futura

21/1/2012
Tomar uma decisão corajosa parece ser fácil, seja para investir na bolsa, experimentar um bungee-jumping ou fazer um discurso em público.
Mas por que então tantas pessoas fogem apavoradas quando chega a hora da verdade?
A resposta está na "ilusão da coragem", um exemplo de hiato da empatia - nossa inabilidade para imaginar como iremos nos comportar em situações emocionais futuras.
Esta é a explicação dada por Leaf Van Boven e seus colegas da Universidade do Colorado (EUA), em um artigo publicado na revista científica Journal of Behavioral Decision Making.
Hiato da empatia
Segundo a teoria do hiato da empatia, quando o momento da verdade ainda está distante, você ainda não está emocionalmente envolvido com a situação, o que dissipa o medo que você provavelmente experimentará na situação real.
Em uma série de experimentos, os pesquisadores demonstraram que as pessoas superestimam sua disposição em participar de eventos públicos embaraçosos que ainda estão distantes no tempo.
Eles também descobriram que é possível reduzir essa ilusão de coragem induzindo emoções imediatas que efetivamente coloquem as pessoas em contato com o medo que provavelmente experimentarão na situação real - o que foi feito mostrando a eles clips de cenas que induzem medo ou raiva antes que eles tomassem a decisão.
Cautela
Os cientistas afirmam que nem todo o aprendizado que possamos ter tido ao longo de nossa vida com eventos dessa natureza é capaz de superar o hiato da empatia.
Segundo eles, isso tem consequências práticas, expondo as pessoas a situações constrangedoras, ou mesmo perigosas, por decisões que elas mesmas tomaram no passado.
"Sabendo disso, nós podemos ser mais cautelosos em nossas decisões, ou então usar a ilusão da coragem para nos ajudar a assumir riscos que sabemos que valem a pena - mas estando bem certo de que você provavelmente voltará atrás na decisão quando o momento da verdade chegar," disse George Loewenstein, coautor da pesquisa.

http://diariodasaude.com.br/news.php?article=ilusao-da-coragem&id=7355

Três DNAs

21/1/2012
Cientistas dizem estar preparados para fazer uma reprodução assistida onde um bebê terá três pais - provavelmente duas mães e um pai.
A técnica substitui material genético defeituoso no óvulo para eliminar doenças raras presentes na mitocôndria, um componente celular que tem a presença de material genético.
Embora raras, essas síndromes podem causar a morte prematura das crianças.
Para isso, é necessário coletar material genético de uma terceira pessoa, além dos pais.
O que você acham?
A nova técnica de fertilização in vitro é tão polêmica que o governo britânico decidiu levar o assunto para discussão pública.
O governo afirma que a aprovação ou não da "fertilização in vitro de três pessoas" vai depender do que a sociedade disser.
O método atualmente é usado apenas em pesquisas, mas agora os médicos afirmam estar prontos para aplicá-lo em humanos.
DNA mitocondrial
A mitocôndria é considerada a usina de energia das células.
Como os núcleos das células, a mitocôndria contém DNA, ainda que em pequenas quantidades.
Em média, 1 em cada 5.000 bebês nasce com problemas hereditários em seu DNA mitocondrial.
A proposta da nova técnica é eliminar esses problemas genéticos substituindo a mitocôndria defeituosa.
A técnica consiste no uso de dois óvulos - um da mãe do feto e outro de uma doadora. O núcleo do óvulo doado é removido e substituído pelo núcleo do óvulo da mãe.
Em princípio, o embrião resultante teria uma mitocôndria saudável, sem o problema genético da mãe.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=fertilizacao-usa-dna-duas-maes-pai&id=7357

O que exatamente no vinho tinto melhora a saúde cardiovascular?

21/1/2012
Os benefícios do vinho tinto sobre a saúde estão cada vez melhor documentados.
Mas ainda há uma questão que incomoda muitos cientistas.
Por que o suco de uva não produz os mesmos resultados?
Será que o álcool presente no vinho tinto também desempenha um papel na saúde cardiovascular?
O que mais incomoda é que isso iria contra todas as outras pesquisas que estudam especificamente o consumo de álcool.
Comparação do vinho e outras bebidas
Para acabar com a dúvida, pesquisadores espanhóis idealizaram um experimento inédito, totalmente feito em humanos.
Estudos epidemiológicos relacionados ao consumo de vinho e álcool geralmente usam como voluntários pessoas que gostam de vinho.
Mas o rigor dos cientistas era maior: eles queriam medir o eventual benefício à saúde quando as mesmas pessoas tomam vinho tinto e outros tipos de bebida alcoólica.
Só assim seria possível concluir de forma segura se é o vinho ou o álcool do vinho que faz bem à saúde cardiovascular.
Pacientes do mundo real
O estudo convocou voluntários considerados de alto risco de doenças cardiovasculares, com indicadores como elevado índice de massa corporal, fumantes, diabéticos, portadores de hipertensão e outros fatores.
Metade dos participantes estava tomando medicamentos, incluindo estatinas, aspirinas e medicamentos para controlar a hipertensão.
Segundo os pesquisadores, isso significa que os resultados do estudo são ainda mais relevantes "para pacientes do mundo real".
Dieta alcoólica
Inicialmente, os voluntários passaram um mês sem ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica.
A seguir, eles passaram três períodos de um mês cada um tomando vinho tinto, gin ou uma quantidade equivalente de fenólicos contidos em vinho tinto sem álcool.
Foi solicitado aos voluntários que eles não alterassem seu padrão normal de atividade física.
Pouco álcool ou vinho tinto
Os autores concluem que "o conteúdo fenólico do vinho tinto pode modular os leucócitos, enquanto tanto o etanol quanto os polifenóis do vinho tinto podem modular os mediadores inflamatórios solúveis".
Isso indica que os compostos não-alcoólicos do vinho tinto têm um efeito protetor, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
Mas o que surpreendeu é que o etanol também apresentou um efeito protetor, ainda que não exatamente igual.
Segundo um especialista ouvido pela revista onde foi publicado o estudo, isto se deve principalmente pela baixa dose de álcool ingerida pelos participantes - 30 gramas por dia - enquanto outros estudos já demonstraram que doses maiores pioram o quadro cardiovascular.
Mas ele acrescenta: "Nós precisamos de maiores informações isolando os efeitos da cerveja, do vinho e de vários tipos de bebidas destiladas. Algumas bebidas destiladas, como o uísque, podem ter efeitos antioxidantes úteis."

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=vinho-tinto-melhora-saude-cardiovascular&id=7354

Infecção Urinária – Tratamento, Causas e Sintomas

21/1/2012
A infecção urinária é o nome dado às doenças inflamatórias e/ou infecciosas no trato urinário. Quando a presença de microorganismos ocorre nos rins se chama pielonefrite, na bexiga se denomina cistite, na próstata é prostatite e quando se dá na uretra é chamada uretrite. A causa da maioria das infecções urinárias são as bactérias, no entanto também podem ser causadas por fungos, vírus e microorganismos diversos. O microorganismo penetra no trato urinário através da uretra. Dificilmente a penetração ocorre por via sanguínea, mas em casos raros acontece quando o paciente está com infecção generalizada, denominada septicemia ou quando a pessoa possui baixa imunidade como ocorre com aidéticos e transplantados.
Infecçao urinaria
Infecçao urinaria
As infecções de urina, especialmente as cistites que são mais comuns, costumam contaminar mais mulheres do que homens. As cistites que ocorrem com mais freqüência são causadas por germes do trato intestinal que atingem a vagina, possibilitando sua entrada pela uretra até a bexiga. Se a pessoa tiver baixa imunidade, a bactéria chega até os rins. As mulheres que tem vida sexual ativa possuem maior risco de contaminação, assim como o uso de absorventes internos, diafragma e espermicidas. A uretra das mulheres são mais curtas enquanto a dos homens são mais longas, o que torna mais difícil a contaminação dos homens. Além disso, a uretra não está em contato com a região Peri-anal.
Alguns fatores facilitam a contaminação do trato urinário como: corpos estranhos (sondas, cálculos renais e introdução de objetos na uretra), doenças neurológicas (traumatismo da coluna e bexiga neurogênica de diabetes), infecções ginecológicas e doenças sexualmente transmissíveis. Os sintomas da infecção urinária são aumento da freqüência de micções, dor na bexiga, ardência e dificuldade para urinar. Além disso, as micções são de pequeno volume e a urina se torna opaca, possui mau cheiro e raias de sangue. O paciente sente desconforto e dores lombares. Em caso de infecção do rim o paciente apresenta febres e calafrios.
Para prevenir as infecções de urina, beba bastante água, urine com freqüência (por volta de 3 em 3 horas), faça sexo seguro para prevenir doenças sexualmente transmissíveis e beba água após as relações sexuais. O tratamento das infecções urinárias deve ser feito com o acompanhamento médico com antibióticos certos para cada microorganismo infectante.

http://www.noticiaki.com/infeccao-urinaria-tratamento-causas-e-sintomas.html

Saúde: 8° Sonora Folia terá campanha de prevenção de DST-AIDS

Foto: Divulgação
21/1/2012
A 8° edição do Sonora Folia contará com a campanha *Sem camisinha não dá!
Seja qual for sua fantasia, use sempre camisinha*.
A campanha de Prevenção de DST-AIDS e Hepatites Virais / Carnaval 2012 será do dia 17 ao dia 21 de fevereiro de 2012. Ocorrerá a distribuição de preservativos e folhetos informativos durante o evento, sendo durante o dia nas matinês no Balneário Pôr-do-Sol, e durante todas as noites na Avenida João Leite Schimidt.
A distribuição e toda assistência será dada pelos funcionários da Saúde de Sonora, junto a Coordenadora de DST AIDS e Hepatites Virais que é a enfermeira Fernanda G. G. dos Santos, responsável pela divulgação e organização da campanha. Todos ficarão alocados junto a barraca da Saúde, próximo a Ambulância que estará no evento. 

http://www.idest.com.br/noticia.asp?id=33054

De Olho na Saúde :: Secretaria de Saúde dá dicas para evitar doenças causadas pelo calor e pelo sol

 
Publicada em 20/1/2012
No verão, a incidência dos raios solares sobre a pele é maior, o que exige atenção redobrada, por causa do risco de câncer de pele. Foto Ilustrativa
No verão, a incidência dos raios solares sobre a pele é maior, o que exige atenção redobrada, por causa do risco de câncer de pele. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apontam que, em Minas Gerais, em 2012, deverão surgir 14.680 novos casos de câncer da pele não melanoma, sendo 5.570 em homens e 9.110 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 55 novos casos para cada 100 mil homens e 87 para cada 100 mil mulheres.

De acordo com a coordenadora estadual de Dermatologia Sanitária, Ana Regina Coelho, o uso correto do protetor solar, além de evitar doenças, combate o envelhecimento precoce. "O protetor solar deve ser passado cerca de 20 a 30 minutos antes da exposição solar e repetido a cada 2 horas ou após suar muito ou se molhar. Já o hidratante tem uma função específica de manter a pele hidratada. É mais um cuidado para quem tem a pele ressecada", destaca.

A dermatologista lembra ainda que o protetor foi desenvolvido principalmente para a pele mais clara, que é mais sensível ao sol. "Essas pessoas entram em um grupo de risco com maior incidência ao câncer de pele. Para quem tem pele mais clara e que nunca se bronzeia ou bronzeia pouco, o cuidado deve ser constante. Atenção especial para os ruivos", ressalta.

Além da proteção solar e hidratação da pele devido ao calor excessivo, as pessoas devem ingerir mais líquidos, em especial água, comer mais frutas, usar roupas leves e evitar exposição prolongada ao sol. Nesta época, o risco de desidratação é maior, bem como o de desenvolver doenças infecciosas.

Com as crianças, o verão exige cuidados redobrados. Na praia ou em clubes, as crianças devem usar bonés e bloqueadores solares e tomar bastante líquido. Atenção também com os alimentos, que se deterioram mais rapidamente no calor, e com a higiene.

Doenças de pele

Praias, clubes e cachoeiras são os principais pontos de encontro dos que procuram se refrescar. Mas é preciso ficar atento às doenças de pele, como brotoejas, micoses, acne solar e machas, que aumentam nesta época do ano. A brotoeja ou miliária ocorre pelo entupimento dos ductos das glândulas sudoríparas, produtoras do suor. Ambientes úmidos e quentes, uso de roupas pesadas e tecidos sintéticos pioram o quadro. O mesmo ambiente também favorece o aparecimento das micoses superficiais, infecções causadas pelos fungos, que se proliferam com mais facilidade. Roupas úmidas também devem ser evitadas.

"Além de usar roupas leves, preferencialmente de algodão, é preciso ficar o menor tempo possível com roupas úmidas e enxugar bem as áreas de dobra", explica Ana Regina.

Câncer de pele

Com a incidência cada vez mais agressiva dos raios ultravioletas, as pessoas devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol, que é a maior causa do câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias.

Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e de mais baixa mortalidade e apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens.

Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermóide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.

Em 2012, estimam-se para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma entre homens e 71.490 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 65 casos novos a cada 100 mil homens e 71 para cada 100 mil mulheres.



http://www.jornalaraxa.com.br/noticias/?SESSION=noticias&PAGE=noticia&ID=2507

Disfunção erétil e doença vascular

Em medicina, disfunção erétil é definida como “falta de habilidade masculina para obter ou manter ereção suficiente para o intercurso sexual”.
A ereção do pênis requer funcionamento orquestrado dos sistemas vascular, nervoso e hormonal. A mensagem do estímulo sexual disparada pelo cérebro é transmitida através da medula espinal, até as terminações nervosas que chegam aos corpos cavernosos — estruturas de consistência esponjosa que ao se encher de sangue provocam a ereção do pênis.
Quando recebem a mensagem, as células do endotélio (camada que reveste a parede interna das artérias) das artérias penianas liberam neurotransmissores, que vão relaxar a musculatura lisa dos vasos sanguíneos que nutrem os corpos cavernosos, facilitando seu enchimento.
O principal desses neurotransmissores é o óxido nítrico. O acúmulo dessa substância facilita o relaxamento das trabéculas que constituem o corpo cavernoso, para aumentar o fluxo de entrada do sangue. A maior parte dos medicamentos usados para tratamento das disfunções eréteis, exerce sua ação ao aumentar as concentrações desse neurotransmissor nos vasos do pênis.
Como os homens não gostam de admitir que sofrem de disfunção erétil, nem sempre é fácil estimar a prevalência do problema. Num dos estudos mais respeitados sobre o tema, o Massachusetts Male Aging Study , realizado com 1290 homens entre 40 e 70 anos, foi demonstrado que 52% deles apresentavam certo grau de disfunção e que 10% tinham total ausência de ereção.
As disfunções eréteis podem ser classificadas como psicogênicas, orgânicas ou mistas. As de causa orgânica podem ser de origem vascular, neurogênica, hormonal, induzida por drogas ou estar associadas a alterações anatômicas dos corpos cavernosos.
Ao contrário do que muitos imaginam, as causas orgânicas são as mais comuns: constituem cerca de 80% dos casos. As principais delas são as causas vasculares:
1) Aterosclerose:
É a mais comum de todas as causas. No mecanismo de formação das placas de aterosclerose ocorre agressão ao endotélio com consequente diminuição do diâmetro interno do vaso e dificuldade para manter o fluxo sangüíneo. O envelhecimento do endotélio também altera os níveis de óxido nítrico, prejudicando a entrada de sangue nos corpos cavernosos.
2) Cigarro:
Fumar durante muitos anos é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil de causa vascular. As substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam danos no endotélio e diminuem os níveis de óxido nítrico no pênis. Além disso, a própria nicotina provoca contração da musculatura lisa dos vasos que irrigam os corpos cavernosos, reduzindo o aporte sangüíneo para o local.
3) Diabetes:
No Massachusetts Male Aging Study , 28% dos diabéticos apresentavam disfunções eréteis, contra 9,6% dos não-diabéticos (prevalência três vezes maior). As causas estão ligadas à aterosclerose mais acelerada, às alterações nos tecidos dos corpos cavernosos e à neuropatia diabética.
4) Hipertensão arterial:
É causa importante de disfunção erétil como deixou claro o estudo americano já citado. Seria ela provocada pela própria hipertensão ou estaria relacionada com a medicação anti-hipertensiva? Essa polêmica foi esclarecida por um estudo recente: tanto os medicamentos quanto a própria hipertensão podem ser responsabilizados pelas dificuldades de ereção.
5) Hiperlipidemia:
A presença de altos níveis sanguíneos de LDL-colesterol, triglicérides e fibrinogênio estão associados à disfunção erétil tanto em fumantes como em não-fumantes.
A enumeração dos fatores acima mostra que disfunção erétil e doenças cardiovasculares compartilham fatores de risco semelhantes. Dificuldade de ereção pode constituir o primeiro sintoma de doença coronariana, uma vez que ambas estão ligadas a comprometimento do endotélio, estrutura essencial para a regulação das funções circulatórias.
Uma vez que os fatores de risco citados agem de forma sinergística sobre o endotélio vascular, a extensão e a gravidade do acometimento cardiovascular costuma ser proporcional ao grau de dificuldade de ereção.

Drauzio Varella

Medicamentos para ereção

O mecanismo da ereção depende de duas vias fundamentais. Uma é o cérebro. Se ele não entrar nesse circuito, a ereção não ocorrerá, pois  parte do cérebro o estímulo psicológico que, através da medula espinhal, atinge os nervos que vão enervar o pênis, uma estrutura anatômica predominantemente vascular, com um corpo cavernoso de cada lado. Os corpos cavernosos funcionam como esponjas. Quando seus vasos dilatam e no pênis entra mais sangue do que sai, acontece a ereção. Esse mecanismo fisiológico dos corpos cavernosos depende especialmente da liberação de um mediador químico, o óxido nítrico, cuja ação na parede dos vasos provoca vasodilatação e facilita a entrada de sangue. Hoje, existem dois grupos de medicamentos que auxiliam o funcionamento do mecanismo da ereção. Um grupo age nos receptores do sistema nervoso central que manda estímulo para o pênis e o outro age diretamente nos vasos dos corpos cavernosos, especialmente sobre uma enzima que favorece a liberação do óxido nítrico assegurando vasodilatação mais eficaz e, portanto, maior afluxo de sangue e ereção de melhor qualidade. Esses remédios são bastante seguros e apresentam mínimos efeitos colaterais, razão da imensa popularidade que alcançaram nos poucos anos que estão no mercado farmacêutico.DROGAS DESCOBERTAS POR ACASO Drauzio – De repente, surgiram no mercado diversos medicamentos capazes de provocar ereção ou auxiliar o mecanismo da ereção. A que se deve esse fato? Plínio Góes – O homem sempre procurou drogas que aumentassem a libido e a performance sexual. No entanto, foi só nos últimos anos que apareceram diversas drogas capazes de auxiliar o mecanismo da ereção. A primeira foi o sildenafil, descoberta quase que por acaso e que está no mercado há cinco anos. Ela foi descoberta quando pesquisadores testavam drogas para a vasodilatação coronariana, ou seja, para as artérias do coração, e perceberam que um dos efeitos colaterais que apresentavam era provocar ereções. A partir daí, passaram a pesquisar moléculas semelhantes que pudessem promover melhor ereção para os homens e, hoje, existem no mercado quatro drogas que interferem no mecanismo da ereção. Três têm ação semelhante, o sildenafil, o vardenafil e o taladafil; e uma, a apomorfina, difere um pouco na forma de ação. Drauzio – Essas três drogas que têm um mecanismo semelhante diferem em que aspectos? Plínio Góes – O mecanismo de ação é praticamente o mesmo. As moléculas são bastante semelhantes. Variam os tempos da ação (início e duração do efeito) e os efeitos colaterais. IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO PSICOLÓGICO  Drauzio – O laboratório que produz o tadalafil anuncia que essa droga garante ereção por 36 horas. Você poderia explicar o que isso quer dizer, pois algumas pessoas acham que a ereção se mantém por todo esse tempo? Plínio Góes – Não é bem assim. O que acontece é o seguinte: a ação dessa droga dura 36 horas e nesse período o homem manifesta maior facilidade, fica mais propenso para conseguir a ereção. Sem estímulo, porém, o principal elemento para desencadear a ereção, não existirá o efeito da droga. Se o homem tomar o comprimido de tadalafil e ficar sentadinho num canto, nada acontecerá. É preciso que haja estímulo cerebral para que certas substâncias sejam liberadas e provoquem a ereção. Drauzio – Com certeza o que trouxe tamanha popularidade para essas drogas foi a necessidade de haver um estímulo psicológico, pré-requisito fundamental para ocorrer a ereção quaisquer que sejam as circunstâncias. Plínio Góes – De fato, injetar uma droga no pênis ou fazer qualquer outro tipo de manobra na hora do ato sexual pode não trazer a vantagem que um comprimido tomado durante o jantar, por exemplo, oferece e que permite responder ao estímulo, no momento em que ocorrer, com ereção de boa qualidade para uma relação completa. EFEITOS COLATERAIS E DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICADrauzio  Quais são os principais efeitos colaterais desses medicamentos?  Plínio Góes – Assim como promovem a dilatação dos vasos do pênis, esses medicamentos promovem também a dilatação de outros vasos do corpo. Por isso, o rubor facial é um dos efeitos que podem surgir. Dor nas costas semelhante à provocada por medicamentos que liberam certos neurotransmissores, cefaleia e congestão nasal são os outros. Trata-se de efeitos passageiros que ocorrem entre 5% e 15% dos casos e que revertem espontaneamente com o término da ação da droga. Drauzio – Muitos se preocupam com a dependência psicológica desses medicamentos. Pensam assim: tomo esses remédios e depois não consigo ter mais ereção se deixar de usá-los. Tem procedência essa preocupação?  Plínio Góes – Tendo em vista a dependência psicológica que qualquer medicamento pode provocar, é preciso pesar muito bem as indicações. Por exemplo, prescrever o medicamento para uso recreativo a um indivíduo que não necessita dele deve ser cuidadosamente ponderado, pois há casos de pacientes que não tinham problema médico nenhum e passaram a ter ereção só quando tomavam o medicamento. Na verdade, o maior inimigo da ereção é a adrenalina. A tensão pode perturbar todo o mecanismo erétil. A pessoa imaginar que sem medicação não terá sucesso, em 50% dos casos, por mero efeito psicológico, isso realmente poderá acontecer. Drauzio – Temos larga experiência com vasodilatadores em medicina por causa dos vasodilatadores coronarianos. Sabe-se que eles não induzem dependência psicológica nem química. No caso desses medicamentos para ereção, a dependência – se é que existe – seria puramente psicológica? Plínio Góes – O mecanismo fisiológico da ereção não cria dependência desses medicamentos. Agora, o mecanismo psicológico pode tornar o indivíduo dependente do uso da medicação. Isso quer dizer que a droga em si não causa dependência química, mas, conforme o caso, pode provocar dependência psicológica. Drauzio – Esses medicamentos criam tolerância? Há a necessidade de aumentar gradativamente as doses? Plínio Góes – Não criam tolerância. Portanto, não há necessidade de aumentar as doses já que o corpo não se acostuma com a medicação. DROGAS QUASE PERFEITAS Drauzio - Imaginar há dez anos que surgiria no mercado uma droga de ação relativamente rápida que provocaria a ereção e que só começaria a agir se houvesse estímulo psicológico, que não produz tolerância nem dependência, que exerce sua ação e depois é excretada naturalmente pelo organismo, todos diriam que isso não passava de um sonho e que nunca apareceria uma droga com tais características, não é?  Plínio Góes – Esse foi sempre o grande sonho do homem tanto é que essas drogas se transformaram nas drogas do século, talvez do milênio. Antes delas, não havia nenhuma opção por via oral. Havia drogas injetáveis ou outros tipos de medicação que podiam ajudar, mas nada comparável a tomar um comprimido e garantir uma ereção de boa qualidade. No passado, muitos problemas de saúde causavam disfunção erétil e comprometiam a qualidade de vida dos pacientes. Por exemplo, portadores de diabetes, pressão alta ou aterosclerose não tinham ereção que permitisse a penetração. Tomando esses novos medicamentos, conseguem manter uma relação praticamente normal o que representou enorme benefício para eles. Drauzio – Você nota no consultório essa melhora na qualidade de vida do homem? Plínio Góes – Com certeza. Os homens estão procurando mais o consultório dos urologistas para a prescrição dessas drogas e acabam fazendo o exame de próstata, muito importante depois dos 45 anos para a prevenção do câncer. Esse foi outro benefício que esses medicamentos trouxeram. Antigamente, os pacientes tinham aversão a procurar um urologista. Depois, interessados no tratamento para a ereção, passaram a prevenir problemas de saúde que possam aparecer com a idade. EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA Drauzio – Quando se analisa o volume de vendas dessas drogas, chega-se à conclusão que a maioria das pessoas toma esses medicamentos por conta própria, não é? Plínio Góes - As medicações novas exigem prescrição médica. O sildenafil, como já está no mercado há cinco anos, pode ser comprado sem receita. O ideal, porém, seria que todas as drogas só fossem vendidas mediante a prescrição de um médico.Drauzio – Será? Plínio Góes – Eu acho que a primeira indicação deveria ser feita por um médico. Depois, se a droga funcionou a contento, o paciente poderia voltar a comprá-la sem a necessidade de apresentar receita. Não sei como esse mecanismo pode ser posto em prática, mas seria necessário que assim fosse feito para garantir o acompanhamento do paciente e sua reação ao medicamento. CONTRAINDICAÇÕES IMPORTANTES Drauzio – Quais são as pessoas que não devem ou não podem tomar esse tipo de medicamento de jeito nenhum?  Plínio Góes – São as pessoas que usam cronicamente medicações à base de nitratos para problemas coronarianos. Nitratos provocam a dilatação das artérias coronárias e, se utilizados conjuntamente com a medicação inibidora da enzima fosfodiesterase, podem causar hipotensão, isto é, uma baixa muito grande da pressão. Drauzio – Quer dizer que as pessoas que tomam medicamentos à base de nitratos ou colocam adesivos que contenham nitrato para provocar a vasodilatação das coronárias, não devem tomar os medicamentos para ereção de forma alguma. A contraindicação se estende também para os cardíacos que não tomam nitrato? Plínio Góes – Cardíacos que não tomam nitratos estão fora dessa contraindicação formal. Existem trabalhos que mostram que essas drogas ajudam a performance cardiológica dos pacientes com insuficiência coronariana em tratamento cardiológico, porque são vasodilatadoras e melhoram a irrigação do coração. Nem mesmo o esforço que fazem durante o ato sexual descompensa seu quadro clínico.Drauzio – Mesmo para pessoas com problemas cardíacos sérios o esforço que o ato sexual pressupõe não representa um excesso naquele momento? Plínio Góes – Pode representar um excesso, mas se a pessoa não tem condições de praticar o ato sexual, tomar ou não o medicamento para a ereção não vai agravar o problema cardiológico nem melhorar sua performance, porque o empecilho está na incapacidade de realizar o exercício físico. Ao contrário, se tiver o vigor físico necessário, as drogas não vão alterar em nada sua situação cardiológica. Drauzio – Pode-se dizer que estamos diante de drogas que têm efeitos colaterais mínimos e não têm contraindicações graves a não ser para aqueles que tomam nitrato para o coração?  Plínio Góes – São drogas importantes. Mesmo para os pacientes que tomam nitrato, existem outros medicamentos que podem substituí-lo. O cardiologista, no entanto, deve ser consultado se quiserem usar remédios para ereção. Drauzio – É importante destacar que a pessoa que toma remédio para o coração deve obrigatoriamente consultar seu cardiologista antes de usar medicamentos para ereção, porque pode estar tomando nitrato sem saber. Plínio Góes – Na verdade, o nome comercial pode não fazer referência à inclusão de nitrato na fórmula do medicamento e só o cardiologista poderá avaliar a possibilidade de a pessoa usar medicamentos que facilitam a ereção.Drauzio – Quando o sildenafil entrou no mercado, havia a suspeita de que algumas mortes teriam ocorrido sob a ação desse medicamento. Hoje, depois de milhões de pessoas terem tomado essa droga, não existe a descrição de nenhum caso. No geral, essas drogas são realmente seguras? Plínio Góes – Diversos estudos mostram que são drogas seguras e comprovaram que as referidas mortes tiveram outra causa que não a ação direta da droga. Vários trabalhos americanos e europeus relatam que essas drogas podem ser utilizadas com grande segurança. Drauzio – Se usado concomitante com essas drogas, o álcool interfere em sua absorção e eficácia? Plínio Góes – Algumas delas têm a absorção diminuída quando o indivíduo bebe. Outras, os laboratórios atestam que o efeito não se altera com a alimentação e a bebida nem surgem efeitos colaterais. Isso representa uma grande vantagem porque o medicamento pode ser utilizado num jantar concomitantemente com alguma bebida alcoólica sem influência em sua absorção e eficácia. METAS PARA O FUTURO Drauzio – Nesse campo, não existia droga nenhuma até alguns anos atrás. Agora, há drogas com 36 horas de ação eficaz. Você acha que surgirá um medicamento que aja por uma semana, um mês, um ano quem sabe? Plínio Góes – As pesquisas indicam que a tendência é tentar minimizar os efeitos colaterais e aumentar o espectro de ação da droga. O objetivo é diminuir a dosagem e ampliar a duração e a eficácia do medicamento. O que acontece no momento? A ação dessas drogas se manifesta em todo o organismo, o que justifica o empenho em descobrir outras drogas que ajam apenas no pênis e não apresentem efeitos colaterais resultantes de sua ação em outros sistemas orgânicos. Drauzio – O apelo para o uso dessas drogas é muito grande porque o fantasma da falta de ereção sempre assustou o homem, não é?Plínio Góes – De fato, diferentemente da mulher, para um desempenho sexual satisfatório o homem depende de alterações importantes em seus órgãos genitais. Sem ereção não há penetração e o intercurso sexual fica comprometido. Esses medicamentos não garantem resultados em 100% dos casos, mas dão a segurança de que vai ser mais fácil obter a ereção. Só isso representa uma conquista que dificilmente deixará de atrair a atenção dos homens. IMPACTO NO COMPORTAMENTO MASCULINO Drauzio – Qual o impacto dessa medicação no comportamento masculino? Plínio Góes – Acho que o homem mudou bastante. Tem menos vergonha de pedir tratamento para seus problemas masculinos. Ele, que sempre procurou ficar longe do médico, está criando o hábito de investigar, de fazer um check-up anual e, nessa hora, aparecem algumas queixas de disfunção erétil – “Não estou conseguindo ter uma ereção de boa qualidade” – e são encaminhados para o urologista. Esse novo comportamento só lhes trouxe benefícios. Drauzio – Os homens sempre foram muito orgulhosos de sua virilidade e vangloriam-se dela especialmente na presença de outros homens. Daí aparece um remédio que garante ou facilita a ereção e a quantidade de homens que compra esse medicamento é, no mínimo, um fato curioso. Como você justifica a tendência de os mais jovens, que normalmente não têm problemas graves, também se interessarem por esse tipo de medicamentos? Plínio Góes – O interessante é que mudou a conversa nas rodas masculinas. O papo agora é outro e gira sobre os medicamentos para ereção e sua eficácia. Em relação ao uso recreacional pelo paciente que não tem necessidade, é bom lembrar que essas drogas podem criar dependência psicológica. O indivíduo achar que sua performance foi melhor sob o efeito do remédio, pode estimular o hábito de usá-los e ele só se sentirá seguro para uma relação sexual quando estiver sob seu efeito. Com certeza, essas drogas ajudam os jovens que vão para a noite e acabam bebendo mais do que deviam. Como se sabe, no começo, o álcool é uma droga que desinibe, mas depois de certa quantidade, prejudica a capacidade de ereção. Nesse momento, tomar um comprimidinho dá a segurança de que, apesar dos drinques a mais, a ereção estará garantida. Drauzio – Você acha que o impacto desses medicamentos que facilitam a ereção podem ser comparado ao da pílula anticoncepcional para a liberação sexual das mulheres?  Plínio Góes – Acho que sim. A comparação com a pílula é bastante própria. O homem está mais livre e tem a possibilidade de um comportamento sexual mais ativo depois do advento dessas medicações, porque pode contar com uma ereção na hora que quiser. Isso foi bastante benéfico não só como satisfação pessoal, mas para as pessoas que o cercam. Sem ereção, ele acaba deprimido, com problemas no relacionamento familiar e com os amigos. Não há duvida de que essas drogas abriram novos horizontes para os homens. DIFERENTES UTILIZAÇÕES DESSES MEDICAMENTOS Drauzio – Nesse mecanismo de ação das drogas, o que difere uma da outra?O que faz com que uma aja durante algumas horas e outras, por mais tempo? Plínio Góes – O tipo de ação desses remédios depende de sua composição molecular. Todas praticamente possuem a mesma base com algumas variações que vão reverter numa ação mais prolongada ou menos prolongada. Drauzio – Você acha que os de ação mais prolongada vão substituir os de ação menos duradoura? Plínio Góes – Acho que não. O medicamento deve ser indicado de acordo com o que o paciente espera dele. Existem pacientes que desejam uma ação prolongada. Tomam o remédio na sexta-feira e ficam garantidos por todo fim de semana. Outros têm medo de qualquer medicamento com ação prolongada e preferem tomar um que dure um pouco menos, mas tenha uma ação mais rápida e comprovadamente mais efetiva. Drauzio – Sua experiência mostra que esse tipo de medicamento pode ser indicado até que idade? Homens com mais de 80 anos têm algum tipo de contraindicação? Plínio Góes – Há homens com mais de 80 anos que não precisam desses medicamentos para ter ereção, mas um complemento extra sempre ajuda. Tenho pacientes com 84, 86 anos que já utilizaram essas drogas sem problema algum e com bons resultados. Drauzio – Você acha que surgirão drogas que aumentarão a libido feminina? Plínio Góes – Com certeza. Já existem pesquisas sobre a utilização dessas mesmas drogas pelas mulheres, uma vez que a estrutura do clitóris é semelhante à estrutura peniana. Desse modo, acredita-se que elas tenham efeito também para as mulheres no sentido de aumentar a lubrificação, a rigidez clitoriana e, consequentemente, o desejo sexual feminino. Drauzio – Alguns usuários, especialmente do sildenafil, se queixam de que demoram mais para atingir o orgasmo. Isso de fato acontece? Plínio Góes – Isso pode ocorrer. Há pacientes que se referem a esse retardo na obtenção do orgasmo o que, na minha opinião, não representa grande inconveniente. Na verdade, esse efeito pode ser benéfico. Por exemplo, indivíduos com ejaculação precoce podem valer-se dele para uma relação sexual mais adequada e satisfatória. Drauzio – O interesse envolvido na comercialização desses medicamentos é teoricamente bilionário e provocou uma espécie de guerra entre os laboratórios. Essas drogas têm sido anunciadas na mídia. Você acha que o consumidor pode ser prejudicado por esse tipo de publicidade?  Plínio Góes – Acho que a publicidade feita de forma adequada e responsável é benéfica porque esclarece o público. O ruim é quando ela induz o indivíduo a utilizar o medicamento sem controle nem indicação precisa. Drauzio – E a associação de dois medicamentos? O indivíduo toma um que funciona 36 horas e, antes que seu efeito tenha terminado, toma outro de ação mais rápidaPlínio Góes – Ainda não foi estudado se seria benéfico ou prejudicial esse tipo de associação medicamentosa. Já estão em andamento trabalhos a respeito da interação dos três medicamentos de composição semelhante com a apomorfina, cujo mecanismo de ação é diferente, mas não se chegou a conclusões definitivas. Portanto, no momento, é absolutamente contraindicada a associação desses medicamentos.