AIDS-SAIBA TUDO SOBRE ESSA DOENÇA

12/1/2012


AIDS (sigla em inglês - Acquired Immunodeficiency Syndrome) significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida), que é uma doença infecciosa que ataca o sistema imunológico, debilitando o organismo e permitindo que algumas infecções oportunistas, causadas por vírus e bactérias, se instalem com maior facilidade (pneumonia, tuberculose, doenças intestinais, pneumonia, sapinho, herpes simples, tumores como o Sarcoma de Kaposi, dentre outras), pela qual o sistema imunológico do seu portador não consegue proteger o corpo, facilitando o desenvolvimento de moléstias, sendo causada pelos vírus HIV-1 e HIV-2.
Essas infecções, em um indivíduo sadio, não apresentariam maiores problemas, pois são todas tratáveis. No entanto, em um paciente portador do vírus HIV com a doença ativa, elas são mais graves, com difícil tratamento, já que as defesas do organismo estão baixas.
AIDSA epidemia da Aids atualmente é um fenômeno mundial que atinge praticamente todas as classes sociais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 42% dos infectados são mulheres. Há de se ressaltar que a epidemia passa, recentemente, por um processo de interiorização, heterossexualização, feminização e pauperização.

CAUSA

A AIDS é causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), capaz de destruir as células responsáveis pela defesa do organismo (anticorpos).
HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana. Por síndrome entende-se um conjunto de sinais e sintomas de uma doença. Imunodeficiência é o enfraquecimento do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo contra as infecções e doenças em geral. Assim, o organismo de uma pessoa atingida pelos vírus HIV-1 ou HIV-2, pode se tornar mais frágil diante de certos micróbios, como bactérias e vírus.

TRANSMISSÃO

O HIV é transmitido principalmente através das secreções de uma pessoa infectada para uma pessoa sadia, quando ocorre o contato da pele com fluidos corporais (sangue, sêmen, secreção pré-seminal, secreção vaginal e leite materno).

SINTOMAS DA AIDS

Trata-se de sintomas que aparecem logo depois da transmissão do vírus.
Acontece em 50% a 90% dos pacientes, sendo que alguns sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe: febre alta, dores musculares e articulares, gânglios, dor de garganta, vermelhidão no corpo e perda de peso figuram entre eles. Tendem a desaparecer espontaneamente após aproximadamente 14 dias.
Apesar de não se dispor de dados científicos comprovados, estima-se que uma pessoa recém-infectada seja potencialmente transmissora do HIV dentro de 2 a 4 dias após contrair o vírus. O HIV consegue enfraquecer o organismo da pessoa infectada atacando certos linfócitos, os defensores naturais do corpo.
Não se pode dizer que existam sintomas diretamente relacionados ao vírus da Aids. Na verdade, devem-se às chamadas doenças oportunistas, aquelas que se aproveitam do enfraquecimento do organismo para se instalarem, como tuberculose, pneumonia, sarcoma de Kaposi etc.
Por outro lado, existem vários sinais do desenvolvimento da Aids. Entre os mais freqüentes, encontram-se:

SINAIS DA AIDS

Emagrecimento rápido, com perda de mais de 10% do peso corporal;
Diarréia prolongada (por mais de 1 mês);
Febre persistente (por mais de 1 mês);
Tosse seca, sem motivo aparente;
Suores noturnos, cansaço;
Candidíase (sapinho) persistente – na boca ou na genitália;
Manchas avermelhadas pelo corpo.
O tempo para um soropositivo apresentar sintomas varia muito: não existe qualquer prazo definido. A maioria passa mais de dez anos sem nada e alguns podem até nunca desenvolver Aids, mesmo estando infectados pelo HIV.

FATORES DE RISCO

Relações sexuais sem camisinha (através do contato com esperma e secreções vaginais contaminadas);
Compartilhamento de seringas e agulhas, ao usar drogas injetáveis;
Transfusão de sangue contaminado;
Mãe contaminada para o filho: durante a gestação, no parto ou pelo aleitamento materno;
Instrumentos não-esterilizados empregados em procedimentos invasivos (que penetram no corpo), como alicates de unhas, agulhas para tatuagens ou acupuntura, lâminas de barbear etc.

TRATAMENTO DA AIDS

No período entre 1982 a 1989, a sobrevida mediana no Brasil dos pacientes com Aids maiores de 12 anos era de apenas 5,1 meses (Chequer, 1992), ou seja, após o diagnóstico da primeira infecção oportunista, cerca de 50% dos pacientes morriam em menos de seis meses.
Era o período crítico da epidemia. Muito pouco se sabia sobre a doença e a medicina se deparava estarrecida e impotente com um número de mortes cada vez maior.
A mudança deste cenário ocorreu em 1989 com a descoberta da zidovudina- AZT, que se mostrou eficaz inicialmente, mas que não alterava o tempo de sobrevivência. Anos depois, surgiram novas substâncias que, associadas ao AZT, aumentaram discretamente a sobrevida das pessoas afetadas, chamada à época terapia dupla.
O avanço nas pesquisas científicas possibilitou o aparecimento, em 1996, de uma proposta terapêutica que demonstrou um aumento da sobrevida, ficando popularmente conhecida como coquetel. Era a terapia anti-retroviral de alta potência.
Essa terapia trouxe avanços inestimáveis, propiciando o esclarecimento de aspectos fundamentais da doença. A Aids passaria a ser uma enfermidade crônica, compatível com sobrevivência e com preservação da qualidade de vida.
No Brasil, desde 1995, garantiu-se o acesso universal aos anti-retrovirais. E a partir de 1996, frente ao ótimo resultado do “coquetel”, os medicamentos que o compõe são garantidos por lei federal.

MEDICAMENTOS ANTI-HIV

A melhor maneira de combater o vírus é impedir sua multiplicação. É o que fazem os medicamentos anti-HIV, que devem baixar a carga viral, tornando-a indetectável e, se possível, restaurar a imunidade.
Para que o tratamento anti-HIV seja mais eficaz, é recomendável iniciá-lo antes que a pessoa tenha alguma doença e que seu sistema imunológico esteja muito enfraquecido. É a razão pela qual, hoje, muitas pessoas infectadas pelo HIV fazem um tratamento enquanto dispõem de boa saúde.
Todavia, o início de tratamento raramente ocorre com urgência. É importante informar-se bem com seu médico, grupos e outras pessoas sob tratamento e se preparar antes de começar um tratamento anti-HIV.
O estado de saúde de cada pessoa, o estilo de vida e preferências pessoais vão influenciar a escolha das drogas anti-retrovirais.
A seguir, alguns tópicos que devem, também, ser considerados:
A combinação de drogas deve ser forte o suficiente para baixar a carga viral aos mais baixos níveis possíveis, que irão reduzir os riscos do surgimento de doenças oportunistas no futuro;
Na terapia combinada é melhor não incluir nenhuma droga anti-retroviral que já tenha sido usada como monoterapia;
Ao escolher a primeira combinação de drogas é importante planejar a longo prazo. O ideal é que o infectologista informe qual é a segunda opção, caso a primeira falhe;
Existe a possibilidade do aparecimento de efeitos colaterais. Assim, antes de iniciar a terapia é prudente levá-los em consideração e discuti-los com o médico;
Alguns anti-retrovirais interagem de maneira ruim com outros medicamentos que possam estar sendo tomados. Podem tornar-se menos eficazes ou, por outro lado, até perigosos. É indispensável, portanto, que o médico esteja ciente das outras medicações utilizadas junto com o coquetel.

DROGAS DISPONÍVEIS

Atualmente, há 17 drogas que compõem o arsenal contra o HIV. Durante bastante tempo o AZT (lançado em 1987) foi o único remédio disponível para o controle do vírus.
São elas:
Inibidoras da protease:
Indinavir (Crixivan)
Ritonavir (Norvir)
Saquinavir (Invirase ou Fortovase)
Nelfinavir (Viracept)
Amprenavir (Agenerase)
Lapinovir (Kaletra).
Inibidoras da Transcriptase Reversa Nucleosídeos:
Zidovudina (Retrovir ou AZT)
Ddidanosina (Videx ou ddI)
Zalcitabina (Hivid ou ddC)
Estavudina (Zerit ou d4T)
Lamivudina (Epivir ou 3TC)
Combivir (AZT + 3TC)
Abacavir (Ziagen)
Trizivir (AZT + 3TC + abacavir).
Inibidoras da Transcriptase Reversa Não Nucleosídeos:
Nevirapina (Viramune)
Efavirenz (Sustiva)
Delavirdina (Rescriptor).
Coquetel do dia seguinte:
São os medicamentos anti-retrovirais usados após a exposição acidental da pessoa ao vírus. No Brasil é preconizado após acidentes de trabalho, quando médicos ou pessoal da enfermagem se ferem com uma agulha ou objeto cortante contaminado; ou em vítimas de estupros.
Em alguns países, como a França, tem sido recomendado também depois de relação sexual sem preservativos com parceiro infectado.

Momento ideal para iniciar o tratamento com o coquetel

Neste assunto, não há respostas prontas: ninguém sabe qual é o momento ideal para o início da terapia. A decisão vai depender das condições de saúde da pessoa e da linha científica adotada pelo médico. O certo é que, no Brasil, existe um consenso elaborado por técnicos do Ministério da Saúde que indica parâmetros para início do tratamento.
Segundo o documento, deve-se dar medicamentos quando a carga viral superar 100.000ml e CD4 tornar-se inferior a 500mm³. Pessoas com CD4 maior que 500/mm³ só devem iniciar a terapia quando a carga viral for maior a 100.000 cópias/ml.
A terapia combinada vem apresentando bons resultados em diferentes estágios da infecção (pessoas com ou sem sintomas). Isso significa que não há evidências da relação entre tempo e melhores resultados.

FUNÇÕES DO COQUETEL

COMO AGEM OS MEDICAMENTOS?
HIV infecta as células do sistema imunológico (principalmente as células CD4) e as utiliza para fazer novas cópias do vírus. Estas cópias, então, continuam infectando outras células vizinhas. Com o tempo, isso vai diminuindo a habilidade do corpo em combater infecções.
As drogas anti-retrovirais agem impedindo o HIV de se reproduzir dentro das células CD4, cessando a infecção de novas células pelas suas cópias. Ao fazer isto, a quantidade de HIV no organismo diminui e o dano que ele pode causar ao sistema imunológico também é reduzido.
O QUE É TERAPIA COMBINADA?
Significa usar duas ou mais drogas juntas, o que popularmente se conhece como coquetel. Monoterapia é o uso de uma droga por vez. Foi provado que terapia combinada é muito mais eficaz e duradoura do que monoterapia, na tarefa de reduzir a quantidade de HIV presente no organismo, prevenindo, assim, o desenvolvimento dos sintomas da Aids.
Quando uma população de vírus é combatida por mais de uma droga, torna-se mais raro o surgimento de vírus mutantes ou resistentes. Hoje, a monoterapia é utilizada somente por gestantes infectadas pelo HIV, em esquema de quimioprofilaxia da transmissão mãe-filho.

EFEITOS COLATERAIS

COMO DIMINUÍ-LOS?
Visando diminuir ou eliminar alguns efeitos colaterais, médicos e pacientes estão experimentando trocar o esquema de drogas. Vários estudos em andamento sugerem que esta estratégia pode ser bem-sucedida no caso de redução de níveis de triglicérides e colesterol, ao contrário do que ocorre com a lipodistrofia, para a qual, até o momento, não existe resposta definitiva.
Em alguns casos, as reações adversas são mais severas no início do tratamento, mas diminuem com o tempo, se a pessoa puder tolerá-las. Em outros, podem ser controladas pela sensibilização, isto é, iniciar-se a droga com dose menor do que a habitual, aumentando-a gradativamente.
De qualquer forma, conscientização é a palavra-chave na hora de aliviar ou eliminar os efeitos colaterais dos antivirais: cabe aos médicos informar seus pacientes sobre as potenciais reações (a maioria não experimenta reação alguma). Mas, é obrigação do paciente comunicar ao médico todas as sensações diferentes devidas aos remédios, mesmo as aparentemente simples.

EFEITOS SECUNDÁRIOS ESPECÍFICOS

Certas classes de drogas são associadas com maior freqüência a efeitos secundários específicos. Por exemplo, alguns análogos de nucleosídeos (AZT, ddI, 3TC etc.) tendem a causar reduções no número de glóbulos brancos e toxicidade mitocondrial (ataque a filamentos no interior das células).
Alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (delavirdina, nevirapina, efavirenz) causam mais reações cutâneas (doenças na pele). Já o tratamento anti-HIV de longo prazo, especialmente os que empregam regimes que incluem um inibidor da protease (indinavir, saquinavir, ritonavir etc.), é associado a elevações do nível de gordura no sangue (diabetes) e redistribuição de gordura no organismo (lipodistrofia).

EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS

Entende-se por efeitos colaterais, também conhecidos como efeitos secundários, toxicidade farmacológica ou reações adversas, qualquer reação inesperada produzida por um medicamento. Podem ser leves e transitórios; moderados e persistentes; graves ou potencialmente mortais e, infelizmente, alguns destes efeitos não são confirmados até que o fármaco esteja aprovado, devidamente comercializado e utilizado por milhares de pessoas.
Os efeitos colaterais mais freqüentes que se apresentam no início do tratamento incluem cansaço, náusea, vômitos, diarréia, dores musculares, dor de cabeça e irritação de pele. Outros efeitos variam de acordo com o tipo de remédio que está sendo usado. Pacientes com Aids em estágio avançado tendem a apresentar reações adversas com mais freqüência.

OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO COQUETEL E QUANTO TEMPO ELES DURAM

A terapia combinada previne o desenvolvimento das infecções, diminui a carga viral e aumenta a contagem de CD4. Algumas semanas após o início do tratamento, muitas pessoas sentem que recuperaram o apetite e o peso e ainda, sua energia e bem-estar.
Pode-se, inclusive, aumentar o interesse sexual. Entretanto, ainda não se sabe com certeza durante quanto tempo a combinação de drogas irá manter seus benefícios. Até agora, mostrou-se efetiva por, pelo menos, dois anos.

FALHAS E RESISTÊNCIAS

Se a carga viral aumentar rapidamente ou de maneira sistemática, durante um tempo, mesmo com o uso da terapia combinada, isto indica que se está diante de um HIV resistente a alguma droga.
Para evitar esse problema, recomenda-se:
Não incluir na terapia combinada drogas anti-retrovirais que já tenham sido usadas em monoterapia (uso de um só remédio);
Tomar as drogas nos horários certos e com dieta adequada;
Encontrar uma combinação que consiga reduzir a carga viral e mantê-la muito baixa, preferivelmente em níveis indetectáveis.
Fonte: www.unimeds.com.br
AIDS

Qual a diferença entre Infecção por HIV e AIDS?

Nos estágios iniciais da doença, muitas pessoas nem mesmo sabem que estão infectadas pelo HIV. De fato, mais da metade não desenvolve sintomas durante a infecção aguda; esses, ocorrem em geral 2 a 3 semanas após o contágio e se assemelham aos sintomas de gripe, tais como febre, dores articulares e musculares, dor de garganta e queda do estado geral, porém podem ser mais graves, requerendo hospitalização.
Duas a seis semanas após o contágio é desencadeada resposta imunológica contra o vírus, a qual será capaz de controlar a proliferação inicial do vírus, mas é incapaz de eliminá-lo por completo do organismo. Desta forma se desenvolve infecção latente, com destruição progressiva das células de defesa (principalmente dos linfócitos T CD4) do organismo. Esse período é, na maior parte das vezes, assintomático. Com a progressão da infecção, a pessoa fica mais suscetível às doenças relacionadas à queda de imunidade.

AIDS e doenças relacionadas à AIDS

Quando o número de linfócitos CD4 situa-se abaixo de 200 células por milímetro cúbico de sangue, considera-se que o indivíduo tem AIDS, de acordo com a definição americana. Nesses pacientes, podem se manifestar várias doenças, incluindo tipos específicos de infecção denominadas "oportunistas" e outras doenças relacionadas à AIDS. Muitas pessoas descobrem que estão infectadas pelo HIV quando consultam um médico por causa de uma doença que na verdade é uma patologia relacionada à AIDS.
Os estudos mostram que o tempo médio desde a infecção pelo HIV até o desenvolvimento de doenças relacionadas à AIDS é de aproximadamente 10 anos.
Mostram também amplas diferenças: cerca de 10% das pessoas infectadas pelo HIV progridem para a AIDS dois a três anos após a infecção, enquanto 5% a 10% dos indivíduos apresentam números estáveis de células CD4 e nenhum sintoma mesmo após 12 anos ou mais.

AIDS: Como se transmite?

O HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana - é o vírus que causa a AIDS. A principal via de transmissão do HIV é representada pelos fluídos orgânicos. A concentração do vírus varia em cada tipo de fluído. Aqueles particularmente infectantes são o sangue, o sêmen e as secreções cervico-vaginais. O HIV foi detectado na saliva de indivíduos infectados, embora não exista evidência de que o vírus se dissemine pelo contato com a saliva. Não há evidências científicas de que o HIV se propague pelo suor, lágrimas, urina ou fezes ou por meio do contato casual, tal como o compartilhamento de louças e talheres, toalhas e lençóis, piscinas, telefones ou assentos sanitários. Tampouco há evidência de transmissão por meio de insetos, tais como mosquitos ou percevejos.

Prevenir é importante

Existem certos comportamentos de alto risco que devem ser evitados, tais como:
O compartilhamento de agulhas ou seringas utilizadas para administração de drogas ilícitas
A prática de sexo sem proteção com uma pessoa infectada ou com alguém pertencente a um grupo de risco, que nunca tenha feito o teste para detecção do HIV.

Avanços no tratamento

Embora ainda não haja cura para a infecção pelo HIV e para a AIDS, uma das mais promissoras alternativas para ajudar as pessoas infectadas pelo HIV a conviver com a doença é representada pelos medicamentos novos e mais potentes. O surgimento de novos agentes anti-retrovirais tem permitido avanços sem precedentes no combate ao HIV. A ênfase do tratamento desviou-se da monoterapia para o uso de associações potentes de agentes anti-retrovirais. O objetivo da terapia anti-retroviral altamente ativa ("HAART") é reduzir a carga viral para níveis abaixo dos limites de detecção pelos testes mais sensíveis disponíveis, e manter esse efeito pelo maior tempo possível, no maior número de pessoas. A supressão da replicação viral permite a restauração do sistema imunológico, retarda a progressão da doença e melhora a saúde e o bem-estar das pessoas que convivem com o HIV ou a AIDS.
Os dois grandes grupos de medicamentos disponíveis para tratar a infecção causada pelo HIV são os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores da protease, enzimas que atuam em diferentes etapas do ciclo de vida do vírus.

Inibidores da transcriptase reversa

Estes medicamentos (AZT, ddI, d4T, 3TC, ddC, Abacavir) atuam inibindo a transcriptase reversa, enzima responsável pela conversão do RNA do HIV em DNA. Sem isso, o vírus não consegue se replicar. Os inibidores da transcriptase reversa foram os primeiros medicamentos a serem desenvolvidos contra o HIV e foram seguidos pelo desenvolvimento de uma outra classe, os inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos (ITRNNs: Efavirenz, Nevirapina e Delavirdina). Embora atuem de formas diferentes, todos dificultam a atividade da transcriptase reversa; entretanto, o vírus é capaz de sofrer mutação para alterar o "formato" de sua enzima transcriptase reversa, reduzindo a eficácia dessas medicações.

Inibidores da Protease

Como resultado do trabalho pioneiro dos Laboratórios de Pesquisa Merck Sharp & Dohme, a enzima protease do HIV surgiu como um segundo alvo para a atividade anti-retroviral. Os pesquisadores demonstraram que os inibidores da protease, quando associados com os inibidores da transcriptase reversa, podem reduzir a replicação do HIV a níveis não-detectáveis em um número substancial de pacientes.
Os inibidores da protease (Indinavir, Ritonavir, Saquinavir, Nelfinavir, Amprenavir, Lopinavir/ritonavir), as mais potentes armas farmacêuticas conhecidas até o momento para combater a infecção pelo HIV e a AIDS, comprovaram ser um importante avanço no tratamento. Essa classe terapêutica é capaz de inibir a ação da enzima protease viral específica, essencial para a formação da partícula infecciosa do HIV. Estudos clínicos têm mostrado que os esquemas terapêuticos combinados, que incluem um inibidor da protease, são eficazes para reduzir a carga viral do HIV, aumentar o número de linfócitos CD4+ e reduzir a mortalidade por AIDS.
O objetivo principal do tratamento anti-retroviral é inibir a replicação viral e evitar que o vírus sofra mutações e desenvolva resistência ao tratamento. Muitos especialistas acreditam que a melhor maneira de alcançar esse objetivo é por meio da utilização de combinações de agentes antivirais potentes.
Fonte: www.msd-brazil.com

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