Doenças de verão

15/1/2012
Os dias mais quentes do ano são esperados com ansiedade por muita gente. Mas sem os cuidados necessários para enfrentar o calor e umidade que overão traz, as doenças típicas que incidem com mais facilidade nesta estação podem colocar um ponto final no seu bom humor.
Os fungos e microorganismos estão por toda parte, ainda mais nessa época, podendo trazer doenças e irritações sérias para a pele.
Conheça algumas delas e veja dicas de como se prevenir:

Micose superficial: essa infecção é provocada por fungos que sobrevivem se alimentando da gordura e da queratina existentes na nossa pele, unhas e cabelos. O contágio da doença se dá por meio do suor, da areia da praia e, até mesmo, de toalhas e roupas de banho molhadas. Segundo a Dra. Glaucimar Basaglia, gerente médica da Mantecorp, esse tipo de micose tem como principais sintomas coceira, inflamação ou descamação. O tratamento é feito com o uso de medicamentos.

Para prevenir as dicas são calçar chinelos antes de pisar em ambientes úmidos, em especial os públicos, secar bem o corpo e as dobras depois do banho, não usar objetos ou roupas íntimas de outras pessoas, optar sempre por roupas de algodão e evitar sapatos fechados no calor (a combinação entre umidade e calor é um prato cheio para a micose).

Otite externa: essa inflamação na parte externa da orelha é provocada pelo uso incorreto de cotonetes e de outros objetos introduzidos no local. A entrada de água nesta cavidade também pode enchê-la de germes e deixá-la úmida, facilitando o desenvolvimento de infecções.
Entre os sintomas da otite estão dor, sensação de “ouvido cheio”, calor no local e saída de secreção. Segundo o otorrinolaringologista da Unifesp, Dr. Ektor Onishi, o tratamento se dá por meio de limpeza no local, uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.
Candidíase: a doença causada pelo fungo Candida sp acomete o trato genital de homens e mulheres. É importante esclarecer que este fungo faz parte da flora vaginal, mas quando se prolifera de maneira excessiva causa irritação, coceira, ardor local ao urinar e corrimento esbranquiçado, tipo uma “nata de leite”. O tratamento consiste em usar antifúngicos por via oral e vaginal.

O diagnóstico pode ser feito com um exame físico, mas se a pessoa já teve o problema anteriormente, provavelmente o médico pedirá exames mais aprofundados, como bacterioscopia e cultura para fungos. Quem tem diabetes descontrolada ou doença que comprometa a imunidade estão mais propensas a desenvolver a candidíase.
Segundo Dra. Carolina Ambrogini, ginecologista da Unifesp, algumas medidas de prevenção são usar roupas frescas e arejadas, calcinhas de algodão e evitar roupas justas. E quem é diabético deve fazer o controle glicêmico.

Bicho geográfico: essas larvinhas encontradas em areias contaminadas com fezes de cães e gatos atingem os pés, glúteos, perna ou mão de quem entra em contato com esses locais. A dermatologista Dra. Meire Brasil Parada explica que o acompanhamento com o profissional pode combater a proliferação dos fungos. Não se deve furar as lesões e o tratamento se dá por meio de pomadas ou medicamentos via oral.



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