Maconha pode ajudar a diminuir dor crônica em pacientes

16/1/2012

Segundo um novo estudo, pessoas com doenças crônicas podem obter um certo alívio, que elas não conseguem com medicamentos, ao fumar uma pequena quantidade de maconha. A pesquisa também sugere que a droga ajuda os pacientes a pegarem no sono e dormirem melhor.
Outros estudos já recomendavam a maconha para uso medicinal. Ela se mostrou eficaz em diminuir a dor em pacientes com câncer e a náusea causada pela quimioterapia.
No estudo atual, o primeiro que realmente testou o fumo de maconha em laboratório, foram pesquisados 21 adultos com neuropatia, dor decorrente de cirurgia, acidente ou trauma. Todos já tinham experimentado maconha antes, mas nenhum deles era usuário da droga.
Cada paciente fumou quatro dosagens diferentes de maconha durante um período de 56 dias. A potência do ingrediente ativo da planta, tetrahidrocanabinol (THC), variou de 9,4% (que é a dose mais forte permitida por lei) a 0%, ou seja, placebo. Em termos comparativos, há estimativas de que a maconha vendida ilegalmente nas ruas chegue a ter uma potência de THC de aproximadamente 15%.
Os melhores resultados da pesquisa vieram da dose mais alta de maconha, que ajudou a diminuir mais a dor, a melhorar o sono, a ansiedade e a depressão dos pacientes. Os efeitos duraram de uma hora e meia a duas horas.
Ainda assim, segundo especialistas, uma falha do estudo é que ele não descreveu se os efeitos da maconha ajudaram o paciente ou o capacitaram a realizar atividades do dia-a-dia sem dor, que é o principal objetivo do tratamento dessas pessoas.
Mesmo com a melhora observada, os pesquisadores acreditam que a maconha ainda não é adequada para o tratamento da dor crônica. Os efeitos não são excelentes para compensar o seu uso medicinal; medicamentos como gabapentina (Neurontin) e pregabalina (Lyrica) obtém melhores resultados. Além disso, a maconha pode ter efeitos colaterais a longo prazo, como ganho de peso, sentimento generalizado de sedação, e mudanças no humor e nas funções cognitivas.
Durante a pesquisa, alguns participantes relataram efeitos colaterais menores, como tosse, olhos secos, tontura ou dor de cabeça. Poucos se sentiram “eufóricos”, o que, segundo os investigadores, indica que é improvável que alguém se torne viciado na droga fumando uma quantia tão pequena por dia.
Ainda assim, eles afirmam saber do perigo de se trabalhar com narcóticos, pois imaginam que se o uso medicinal da maconha for aprovado no tratamento de dor crônica, alguns pacientes podem exagerar e se viciar. Então espere por resultados mais conclusivos (e por um medicamento legalizado) antes de comprar seu baseado.[CNN]

 Por Natasha Romanzoti
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