Sol em excesso faz mal?

15/1/2012
Ficar exposto ao sol em excesso agride a pele, podendo causar
queimaduras e bolhas. Em casos graves provoca insolação, problema cujos sintomas são desidratação, mal-estar, vômito e febre. A longo prazo, podem surgir manchas e rugas (sinais de envelhecimento antes do tempo), além de desenvolver câncer de pele.
Isso ocorre porque o sol produz dois tipos de raios ultravioletas que nos afetam: UVA, que entra na camada mais profunda da pele; e UVB, que atinge a superfície e provoca vermelhidão e queimaduras (é o principal fator que causa o câncer de pele).
Por isso, é fundamental passar protetor solar 30 minutos antes de sair de casa. De preferência, aplicá-lo sem a roupa de banho para cobrir o corp o todo. É importante
que o produto tenha o fator de proteção adequado à cor da pele. Os mais branquinhos, p
r exemplo, precisam no
mínimo do fator 30. Mesmo assim, nenhum impede totalmente a passagem de raios.
É necessário reaplicá-lo a cada duas horas. Segundo especialistas, protetores infantis
são mais resistentes à água e ao suor. Evite tomar sol entre 10h e 16h, período em que
é mais forte. Também deve-se proteger em dias nublados, pois o mormaço queima.
No entanto, engana-se quem pensa que o sol apenas faz mal. Tem a função de estimular
a produção de vitamina D, responsável por fixar o cálcio nos ossos (sem a substância, ficam
fraquinhos). Tomar sol nos horários adequados - antes das 10h e após as 16h - ainda nos
deixa bem dispostos e melhora o humor.

Consultoria da dermatologista Daniela Presente Taniguchi, da Faculdade de Medicina
do ABC

Melanina é proteção natural
A melanina, substância que dá cor à pele e aos pelos, é a nossa proteção natural contra a
radiação solar. Apenas quem nasce com albinismo (doença genética) não a tem.
É produzida pelas células - chamadas melanócitos - que se localizam na epiderme (camada
superficial)
. Quanto maior a exposição ao sol, mais melanina é produzida, deixando a pele escura. Trata-se
do bronzeado.
Quem tem a pele clara produz menos dessa substância e, por isso, está mais desprotegido. Nesse
caso, o cuidado com o sol precisa ser redobrado. Já os negros possuem maior quantidade de melanina.
Entretanto, isso não significa que não precisam usar filtro solar.
Ficar muito tempo exposto ao sol pode manchar a pele e provocar doenças (como o câncer) em
qualquer pessoa. Por isso, independentemente da cor, é fundamental o uso de protetor. Além disso,
vestir boné e camiseta e ficar embaixo do guarda-sol ou sob a sombra também podem ajudar na
proteção.

Pele descasca para se renovar
Depois de passar muito tempo exposto ao sol - sem proteção adequada - a pele pode descascar
. É que ao queimar, as células da epiderme (camada superficial) ressecam e morrem. Assim,
a parte morta precisa sair para dar lugar à nova.
Mas isso não ocorre apenas no verão. Nossa pele se renova constantemente. A diferença é que
sem sol, as camadas têm cor parecida e se soltam aos pouquinhos. Desse modo, não percebemo
s a troca. Entretanto, ao queimar, a pele fica mais escura do que a debaixo e descama em maior
quantidade, tornando a mudança visível.
Não se deve arrancá-la antes da hora, pois pode machucar. É preciso esperar que se desprenda
sozinha. E para evitar que descasque, a dica é usar creme hidratante logo após tomar sol.

Melissa Ferreira de Oliveira, 8 anos, de São Bernardo, sabe que ninguém pode tomar muito sol
. "Para que eu não fique com a pele queimada, minha mãe sempre passa protetor solar", diz. Apesar
do cuidado, a menina lembra que já ficou um pouco vermelha quando foi à praia com a família. Por
isso, agora só brinca na areia no fim da tarde.

http://www.dgabc.com.br/News/5936310/sol-em-excesso-faz-mal.aspx

Nenhum comentário:

Postar um comentário