
O Ministério Público Estadual (MPE), através da promotora de justiça Euza Missano, instaurou um procedimento administrativo, na manhã do último dia 13, para apurar as denúncias e reclamações do coordenador da principal equipe de transplantes renais do Estado de Sergipe, Ricardo Bragança, as quais levaram ele a suspender as atividades do seu grupo por tempo indeterminado. As irregularidades apontadas pelo médico em seu comunicado de suspensão das atividades, o qual foi encaminhado para o MPE, para a Associação de Renais Crônicos do Estado de Sergipe (Arcrase) e para o Conselho Regional de Medicina (Cremese), foram expostas à população, em primeira mão, pelo Jornal Correio de Sergipe, na última quinta-feira, dia 12.
Foram nove páginas repletas de absurdos como, por exemplo, a falta de manutenção adequada do doador falecido por uma equipe ou plantonista capacitado para tal, o transporte de órgãos em recipientes precários, apresentando vazamentos, além do desperdício de órgão, pois o receptor chegava à mesa de cirurgia sem os exames adequados para a realização do transplante, e se fosse observado na hora que ele não estava apto para tal, o órgão era enviado para outro estado já com limite de tempo aceitável para um transplante, e assim, nem sempre era aceito quando disponibilizado para outra região do país.
“Soubemos agora que não está havendo uma equipe de manutenção do paciente falecido, e isso é de fundamental importância para a manutenção das condições deste órgão e para fazer o transplante. Iremos marcar uma audiência, envolvendo inclusive os hospitais privados, para que haja um incremento ainda maior dos transplantes no Estado. Nós já estávamos trabalhando com as questões relativas ao incremento dos transplantes do Estado, pois estamos realmente muito abaixo da média nacional. Diante disso, instauramos o procedimento, pois não tínhamos sequer a definição precisa de morte encefálica em alguns hospitais”, expôs a promotora de justiça Euza Missano.
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