Inca estima mais de 17 mil casos de cancro do colo do útero em 2012 no Brasil

19/1/2012


Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, para 2012 indica que o país terá mais de 17,5 mil casos de cancro do colo do útero. A doença pode ser a terceira neoplasia mais comum entre as mulheres, superada somente pelo cancro da pele (não-melanoma) e pelo da mama. Estima-se também que seja a quarta causa de morte por cancro em mulheres brasileiras, com mais de 5 mil óbitos em 2009, avança o portal ISaúde.

Há regiões, porém, em que o cancro do colo do útero é a principal causa de morte por cancro entre mulheres. De acordo com o instituto, o maior causador do cancro do colo do útero é o vírus do papiloma humano (HPV). Tudo aquilo que aumente o risco de infecção por este vírus constitui um factor de risco para o cancro do colo do útero. Alguns dos principais factores de risco estão associados às baixas condições socioeconómicas, ao início precoce da actividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais, ao tabagismo (directamente relacionados à quantidade de cigarros fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais.

O vírus do papiloma humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento da displasia (mudanças no padrão) das células cervicais, que são células anormais que revestem o colo do útero. Quanto mais grave for esta anormalidade, maior será a possibilidade de desenvolvimento de células cancerígenasa. Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de cancro do colo do útero.

Pela fundamental importância dada à manutenção da saúde da mulher, o Ministério da Saúde brasileiro mobiliza-se desde a década de 1990 para criar acções que possam diminuir a mortalidade pelo cancro cervical. O rastreio, com a recolha periódica do exame citopatológico do colo do útero (Papanicolau), proporciona o diagnóstico precoce (seja na fase pré-cancerígena, seja em casos de cancro em estágio inicial), permitindo a cura de quase todas as mulheres cujo diagnóstico seja estabelecido de maneira precoce.

Luciana Holtz, presidente do Oncoguia, ONG brasileira dedicada à defesa dos direitos dos pacientes com cancro e da população em geral, reafirma a posição de que a prevenção do cancro engloba a vacinação contra o vírus HPV, a realização periódica do exame de Papanicolau e a consciência sobre o uso do preservativo. " O preservativo tem que ser usado. Sempre", conclui.


http://www.pop.eu.com/news/6271/26/Inca-estima-mais-de-17-mil-casos-de-cancro-do-colo-do-utero-em-2012-no-Brasil.html

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