De Olho na Saúde :: Secretaria de Saúde dá dicas para evitar doenças causadas pelo calor e pelo sol

 
Publicada em 20/1/2012
No verão, a incidência dos raios solares sobre a pele é maior, o que exige atenção redobrada, por causa do risco de câncer de pele. Foto Ilustrativa
No verão, a incidência dos raios solares sobre a pele é maior, o que exige atenção redobrada, por causa do risco de câncer de pele. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apontam que, em Minas Gerais, em 2012, deverão surgir 14.680 novos casos de câncer da pele não melanoma, sendo 5.570 em homens e 9.110 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 55 novos casos para cada 100 mil homens e 87 para cada 100 mil mulheres.

De acordo com a coordenadora estadual de Dermatologia Sanitária, Ana Regina Coelho, o uso correto do protetor solar, além de evitar doenças, combate o envelhecimento precoce. "O protetor solar deve ser passado cerca de 20 a 30 minutos antes da exposição solar e repetido a cada 2 horas ou após suar muito ou se molhar. Já o hidratante tem uma função específica de manter a pele hidratada. É mais um cuidado para quem tem a pele ressecada", destaca.

A dermatologista lembra ainda que o protetor foi desenvolvido principalmente para a pele mais clara, que é mais sensível ao sol. "Essas pessoas entram em um grupo de risco com maior incidência ao câncer de pele. Para quem tem pele mais clara e que nunca se bronzeia ou bronzeia pouco, o cuidado deve ser constante. Atenção especial para os ruivos", ressalta.

Além da proteção solar e hidratação da pele devido ao calor excessivo, as pessoas devem ingerir mais líquidos, em especial água, comer mais frutas, usar roupas leves e evitar exposição prolongada ao sol. Nesta época, o risco de desidratação é maior, bem como o de desenvolver doenças infecciosas.

Com as crianças, o verão exige cuidados redobrados. Na praia ou em clubes, as crianças devem usar bonés e bloqueadores solares e tomar bastante líquido. Atenção também com os alimentos, que se deterioram mais rapidamente no calor, e com a higiene.

Doenças de pele

Praias, clubes e cachoeiras são os principais pontos de encontro dos que procuram se refrescar. Mas é preciso ficar atento às doenças de pele, como brotoejas, micoses, acne solar e machas, que aumentam nesta época do ano. A brotoeja ou miliária ocorre pelo entupimento dos ductos das glândulas sudoríparas, produtoras do suor. Ambientes úmidos e quentes, uso de roupas pesadas e tecidos sintéticos pioram o quadro. O mesmo ambiente também favorece o aparecimento das micoses superficiais, infecções causadas pelos fungos, que se proliferam com mais facilidade. Roupas úmidas também devem ser evitadas.

"Além de usar roupas leves, preferencialmente de algodão, é preciso ficar o menor tempo possível com roupas úmidas e enxugar bem as áreas de dobra", explica Ana Regina.

Câncer de pele

Com a incidência cada vez mais agressiva dos raios ultravioletas, as pessoas devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol, que é a maior causa do câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias.

Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e de mais baixa mortalidade e apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens.

Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermóide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.

Em 2012, estimam-se para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma entre homens e 71.490 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 65 casos novos a cada 100 mil homens e 71 para cada 100 mil mulheres.



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