Antidepressivo funciona melhor combinado com terapia

Dezenas de milhões de pessoas nos Estados Unidos tomam fluoxetina, vendido sob a marca Prozac desde que o Food and Drug Administration aprovou a venda há 24 anos. Mas, enquanto o depressivo ajuda muita gente, surgiram questões sobre o porquê as pessoas que ingerem a droga têm resultados variados.
Agora, um novo estudo com ratos reforça descobertas recentes sobre a fluoxetina, que por si só não fornece um grande benefício, a menos que haja acompanhamento de terapia em que o paciente fale. A combinação do antidepressivo com terapia de exposição psicológica produz um efeito que não foi atingido por nenhum dos dois tratamentos sozinho.
No estudo, pesquisadores condicionaram ratos a sentirem medo de um ruído, sendo que metade deles estava ingerindo fluoxetina há três semanas. Ratos que tinham sido tratados com o antidepressivo tiveram respostas diferentes no cérebro quando ouviam o barulho e foram menos propensos a se assustar com ele.
Embora o estudo tenha sido realizado em ratos de laboratório, ele confirma e ajuda a explicar as descobertas que mostram que, em pessoas, a terapia de conversação ou a fluoxetina isoladas são menos eficazes do que os dois tratamentos juntos.
Em 2004 pesquisadores da Itália que realizaram 16 ensaios clínicos concluíram que o tratamento psicológico combinado com terapia antidepressiva estava associado a uma maior taxa de melhora do paciente. Um estudo norte-americano de 2007 que acompanhou adolescentes com depressão chegou a uma conclusão similar.
Apesar da ampla utilização de antidepressivos, pesquisadores ainda não entendem claramente como eles funcionam. Antidepressivos como a fluoxetina parecem não ter um impacto imediato, mas sim provocar mudança de humor ao longo do tempo.
O novo estudo reforça a evidência de que os antidepressivos funcionam afetando o crescimento e a religação dos neurônios no cérebro, o que explicaria por que os medicamentos parecem funcionar melhor durante um período prolongado. [LiveScience]

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