Mortalidade por cancro continua a cair nos EUA

10/1/2012


Estatísticas publicadas pela American Cancer Society mostram que as taxas de morte por cancro nos EUA continuam a diminuir. As taxas de mortalidade continuam a declinar para os cancros do pulmão, mama, cólon e de próstata, que são responsáveis pela maioria das mortes pela doença. No entanto, houve um aumento na última década das pessoas que desenvolveram alguns tipos de cancro menos comuns, incluindo o cancro do pâncreas, do fígado, da tiróide e o cancro do rim, avança o portal ISaúde.

O relatório anual, "Estatísticas do Cancro, 2012", publicado na revista da American Cancer Society CA: A Cancer Journal for Clinicians, e na "Cancer Facts & Figures 2012", estima o número de novos casos de cancro e óbitos esperado nos EUA este ano. As estimativas são algumas das estatísticas de cancro mais amplamente citadas no mundo.

Estima-se que um total de 1.638.910 novos casos de cancro e 577.190 mortes por cancro ocorram nos EUA em 2012. Entre 1990/1991 e 2008, o ano mais recente para o qual existem dados disponíveis, as taxas de mortalidade gerais diminuíram cerca de 23% nos homens e 15% nas mulheres. Isso traduz-se em mais de 1 milhão de mortes por cancro que foram evitadas.

As taxas de novos casos de cancro e de mortes por cancro variam bastante entre os grupos raciais e étnicos. Para todos os casos de cancro combinados, os homens afro-americanos têm uma taxa 15% maior de novos casos de cancro e uma taxa de mortalidade 33% maior do que a dos homens brancos. As mulheres afro-americanas têm uma taxa 6% menor de novos casos de cancro, mas uma taxa de mortalidade 16% maior do que a de mulheres brancas. No entanto, na última década, os homens afro-americanos tiveram o declínio mais rápido das taxas de mortalidade, de 2,4% ao ano.

Os relatórios pedem a aplicação do conhecimento existente sobre lutar contra o cancro em todos os segmentos da população, especialmente nos grupos de nível socioeconómico mais baixo, como uma forma de acelerar o progresso contra o cancro.

A American Cancer Society estima que cerca de um terço das mortes por cancro em 2012 serão causadas pelo uso de tabaco e outro terço será relacionado ao excesso de peso ou obesidade, à inactividade física e à má nutrição.

Factos e números


A cada ano, os investogadores da American Cancer Society incluem uma secção especial no "Cancer Facts & Figures", destacando uma questão do cuidado ou da pesquisa sobre o cancro. Este ano, o tema é cancros com maior tendência de incidência. Apesar de um declínio nas taxas dos cancros mais comuns, tem havido um aumento nas taxas de diversos cancros menos comuns: pâncreas, fígado, tiróide, rim, melanoma da pele, adenocarcinoma do esófago (um tipo de cancro de esófago), e de alguns tipos de cancro de garganta associados com a infecção pelo HPV (papilomavírus humano).

O aumento na taxa de novos casos variou entre os grupos populacionais. As taxas de cancro da garganta relacionado ao HPV e de melanoma aumentou apenas em brancos.

As taxas de cancro de esófago aumentaram nos brancos e nos homens hispânicos. As taxas de cancro do fígado aumentaram nos homens brancos, negros e hispânicos, e nas mulheres negras.
As taxas para os cancros da tiróide e dos rins aumentaram em todos os grupos raciais e étnicos com excepção dos homens índios americanos/nativos do Alasca.

As razões para o aumento das taxas não são totalmente conhecidas. Mas o aumento nos cancros do esófago, pâncreas, fígado e rins pode estar ligado à obesidade. Também é possível que mais destes cancros estejam sendo relatados por causa das melhores práticas de detecção precoce. Estas tendências crescentes fazem parte do ónus adicional associado a uma população em expansão e envelhecimento, e necessitam de pesquisas adicionais para determinar a causa.

A "Cancer Statistics 2012" pode ser visto no cacancerjournal.org, e a "Cancer Facts & Figures 2012" está disponível em cancer.org/statistics.

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