Retirada da próstata com nova cirurgia robótica não é melhor que método tradicional, aponta estudo



Parece que os robôs, grandes aliados na medicina, nem sempre apresentam resultados satisfatórios para algumas cirurgias. De acordo com estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (periódico da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), os efeitos da prostatectomia radical com auxílio de robô (RARP - robot-assisted radical prostatectomy -, cirurgia que remove a próstata em caso de câncer) não são melhores do que os obtidos com a técnica tradicional.

A pesquisa foi realizada com base nas respostas de 685 pacientes de 65 anos ou mais do Hospital Geral de Massachusetts em Boston, nos Estados Unidos. Desse número, 406 foram submetidos a uma RARP e 220 submetidos à cirurgia tradicional. De cada 10 pacientes, nove apresentaram problemas moderados ou altos de impotência sexual 14 meses após a operação. Outro problema foi a incontinência urinária, relatada por um terço dos participantes. Os resultados foram iguais para ambos os grupos, mas o que passou pelo método com robô registrou mais problemas de incontinência urinária.

Com o resultado do estudo, o editorial do Journal of Clinical Oncology alertou que os pacientes não devem esperar menos efeitos colaterais com a operação com robôs. No entanto, o periódico afirmou que como a pesquisa foi realizada em 2008, muitos médicos podem ter aprendido a operar melhor com o uso de robôs.

As informações são da revista Veja.
14/1/2012

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