Síndrome da imunodeficiência adquirida ou HIV

6/1/2012
síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é uma doença dosistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas e tumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno. Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima.
A aids hoje é considerada uma pandemia. Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças. Mais de três quartos dessas mortes ocorreram naÁfrica Subsaariana.
A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX. A aids foi reconhecida pela primeira vez pelos Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.
Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países. Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus.

Pôster em Abidjan, Costa do Marfim,África
A AIDS foi primeiramente relatada 5 de junho de 1981, quando o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou o Pneumocystis carinii (conhecida por ser causada por Pneumocystis jirovecii) em cinco homossexuais em Los Angeles,Califórnia.No início, o CDC não tinha um nome oficial para a doença, muitas vezes referindo-se a ela por meio das doenças que foram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus. Eles também utilizaram o nome "Sarcoma de Kaposi e infecções oportunistas", nome pelo qual uma força-tarefa havia sido criada em 1981.
Na imprensa geral, o termo "GRID", sigla para gay-related immune deficiency, já havia sido cunhado O CDC, em busca de um nome e observando as comunidades infectadas, criou o termo "a doença dos 4Hs", referindo-se aos haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. No entanto, depois de determinar que a AIDS não era uma doença exclusiva da comunidade homossexual, o termo "GRID" tornou-se enganoso e o termo "AIDS" foi criado em uma reunião em julho de 1982. Em setembro 1982, o CDC começou a usar o nome de AIDS e adequadamente definiu da doença.
A mais antiga identificação positiva do vírus HIV conhecida vem do Congo em 1959 e 1960, embora os estudos genéticos indicam que o vírus tenha passado para a população humana vindo de chimpanzés em torno de cinquenta anos antes. Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente mudou da África para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em torno de 1969.
O vírus HIV descende do vírus da imunodeficiência símia (SIV), que infecta símios e macacos na África. Há evidências de que os seres humanos que participam de atividades de caça de animais selvagens, seja como caçadores ou como vendedores de carne de caça, normalmente adquirem o SIV. No entanto, apenas algumas destas infecções foram capazes de causar epidemias em humanos e todas só aconteceram o final do século XIX e início do século XX. Para explicar por que o HIV se tornou epidemia só nessa época, existem várias teorias, cada uma invocando fatores de condução específica que podem ter promovido a adaptação do SIV nos seres humanos ou a propagação inicial: mudanças sociais após ocolonialismo, rápida transmissão do SIV através de injeções inseguras ou não-esterilizadas (isto é, injeções em que a agulha é reutilizada sem ser esterilizada), abusos coloniais e vacinação contra a varíola através de injeções inseguras ou a prostituição e a frequência elevada de doenças concomitantes à úlcera genital (como a sífilis) em nascente cidades coloniais.
A teoria mais controversa sugere que a AIDS foi, inadvertidamente, iniciada no final dos anos 1950 no Congo Belga durante as pesquisas de Hilary Koprowski para a criação de uma vacina contra a poliomielite. De acordo com o consenso científico, essa hipótese não é apoiada pelas evidências disponíveis.

[editar]Progressão e sintomas

Em vermelho níveis de HIV, em azul níveis de linfócitos T CD4+
Principais sintomas da AIDS (legendas em inglês).
A manifestação inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é semelhante a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver febre, mal-estar, linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite viral. Estes sintomas são geralmente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por desaparecer, mesmo sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso.
A segunda fase é caracterizada por baixas quantidades dos vírus, que se encontram apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando gradualmente mais e mais linfócitos T CD4+; e nos macrófagos. Nesta fase, que dura em média 10 anos, o portador é soropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA/AIDS. Ou seja, ainda não há sintomas, mas o portador pode transmitir o vírus. Os níveis de T CD4+ diminuem lentamente e ao mesmo tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda da coordenação dos T CD4+ sobre os eficazes T CD8+ e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).
A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T CD4+ desce abaixo do nível crítico (200/mcl), o que não é suficiente para haver resposta imunitária eficaz contra invasores. Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos às doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus, demência e o sarcoma de Kaposi. Sem tratamento, ao fim de alguns meses ou anos a morte é inevitável. O uso adequado da Terapia Antirretroviral garante que o paciente sobreviva por um período mais longo, apesar de conviver com efeitos colaterais dos medicamentos.
Excepções a este esquema são raras. Os muito raros "long term non-progressors" são aqueles indivíduos que permanecem com contagens de T CD4+ superiores a 600/mcl durante longos períodos. Estes indivíduos talvez tenham uma reação imunitária mais forte e menos suscetível à erosão contínua produzida pelo vírus, mas detalhes ainda são desconhecidos.

[]Síndromes clínicas

As doenças oportunistas são doenças causadas por agentes, como outros vírus, bactérias e parasitas, que embora sejam comuns em nosso meio, normalmente não causam doença ou causam apenas doenças leves/moderadas, devido à resposta imunitária eficiente. No doente com SIDA/AIDS, que por definição não possuem resposta imunitária eficiente, manifestam-se como doenças potencialmente mortais:
  1. Infecções por vírus: Citomegalovirus, Herpes simples, Epstein-Barr. [carece de fontes]
  2. Infecções por bactérias: Mycobacterium avium-intracelulare, outras micobactérias que normalmente não causam doenças,Mycobacterium tuberculosisSalmonella, outras.[carece de fontes]
  3. Infecções por fungos: candidíase da boca e do esôfago (por Candida albicans, uma levedura); pneumonia por Pneumocystis carinii;Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose.[carece de fontes]
  4. Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporidiose.[carece de fontes]
  5. Neoplasias: cancros como linfoma e linfoma de Hodgkin, causado pelo vírus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi[carece de fontes]
Outras condições incluem encefalopatia causada por HIV que leva à demência e é uma ação direta do vírus nos micróglios (células cerebrais semelhantes a macrófagos) que infecta. Um achado característico é a leucoplasia pilosa (placa branca pilosa na boca) devida ao vírus Epstein-Barr.

[]Causa

A AIDS é a última consequência clínica da infecção pelo HIV. O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da sua enzimatranscriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a SIDA/AIDS típica, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, mais frequente na África Ocidental, e também existente em Portugal.O HIV reconhece a proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores são similares.
Micrografia eletrônica de varredura de HIV-1, em cor verde, saindo de um linfócito cultivado.
A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses liquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgem virions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não adquirem o vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua lise, ou morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro reservatório os gânglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes.
É irónico como a resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destroem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento.

[]Diagnóstico

O diagnóstico de AIDS em uma pessoa infectada com o HIV é baseado na presença de certos sinais ou sintomas. Desde 5 de junho de 1981, muitas definições têm sido desenvolvidas para a vigilância epidemiológica. No entanto, o estadiamento clínico dos pacientes não era um destino para esses sistemas, pois eles não são sensíveis nem específicos. Nos países em desenvolvimento é usado o sistema de estadiamento da Organização Mundial da Saúde para infecção pelo HIV e para a doença, através de dados clínicos e de laboratório. Empaíses desenvolvidos, o sistema de classificação do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) é usado.

[editar]Classificação da OMS

Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) agrupou essas infecções e condições em conjunto através da introdução de um sistema de estadiamento para pacientes infectados com HIV-1. Uma atualização ocorreu em setembro de 2005. A maioria dessas condições são infecções oportunistas que são facilmente tratáveis em pessoas saudáveis.
  • Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e não classificada como AIDS;
  • Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutâneas e recorrentes infecções do trato respiratório superior;
  • Estágio III: inclui diarreia crônica inexplicada por mais de um mês, as infecções bacterianas e a tuberculose pulmonar;
  • Estágio IV: inclui a toxoplasmose cerebral, candidíase do esôfago, traqueia, brônquios e pulmões e o sarcoma de Kaposi; essas doenças são indicadores da AIDS.

[]Sistema de classificação do CDC

Existem duas principais definições para a AIDS, ambos produzidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). A velha definição é a referência para a AIDS usando doenças que eram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, a doença que os descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus. Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para a AIDS incluindo todas as pessoas HIV positivas com contagens de células T CD4 + abaixo de 200 por l de sangue ou 14% do total de linfócitos. A maioria dos novos casos de aids nos países desenvolvidos usam essa definição ou a definição pré-1993 do CDC. O diagnóstico de AIDS ainda está de pé, mesmo que, após o tratamento, a contagem de células CD4 + T sobe para acima de 200 por l de sangue ou outras doenças definidoras da AIDS são curados.

[]Teste de HIV

Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas com o HIV. Menos de 1% da população sexualmente ativa urbana na África foi testada e esta proporção é ainda menor em populações rurais. Além disso, apenas 0,5% das mulheres grávidas que frequentam as unidades de saúde urbana são aconselhadas, testadas ou recebem os seus resultados. Mais uma vez, essa proporção é ainda menor nas unidades de saúde rurais. Assim, os produtos de doadores de sangue e do sangue utilizado em medicina e pesquisa médica são rastreados para o HIV.
Testes de HIV são geralmente realizados no sangue venoso. Muitos laboratórios utilizam testes de quarta geração de triagem que detectam anticorpos anti-HIV (IgG e IgM) e do antígeno p24 do HIV. A detecção de anticorpos anti-HIV ou antígeno em um paciente previamente conhecido como negativo, é evidência de infecção pelo HIV. Indivíduos cuja primeira amostra indica evidências de infecção pelo HIV terão uma repetição do teste em uma segunda amostra de sangue para confirmar os resultados.
O período de janela imunológica (tempo entre a infecção inicial e o desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra a infecção) pode variar, uma vez que pode levar 3-6 meses para soroconversão e teste positivo. A detecção do vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) durante o período de janela é possível e as evidências sugerem que uma infecção pode ser detectada mais cedo do que quando se utiliza um teste de despistagem de quarta geração de AIA.
Os resultados positivos obtidos por PCR são confirmados por testes de anticorpos. Testes de HIV rotineiramente utilizados para a infecção em recém-nascidos e lactentes (isto é, pacientes com menos de 2 anos), nascidos de mães HIV-positivas, não têm valor por causa da presença de anticorpos maternos para o HIV no sangue da criança. A infecção pelo HIV só pode ser diagnosticada por PCR, o teste para HIV DNA pró-viral em linfócitos de crianças.

[]Prevenção

Estimativa de aquisição do HIV por método de contágio
Forma de exposiçãoRisco por 10 000 exposições a uma pessoa infectada em tratamento
Transfusão de sangue9.000
Nascimento2.500
Uso compartilhado de seringa67
Agulha cortante30
Penetração vaginal receptiva*10
Penetração vaginal insertiva*5
Penetração anal receptiva*50
Penetração anal insertiva*6.5
Penetração oral receptiva1
Penetração oral insertiva0.5§
* assumindo o não uso de preservativo
§ Fonte refere-se ao relacionamento sexual praticado no homem
As três principais vias de transmissão do HIV são: contato sexual, exposição a fluidos ou tecidos corporais infectados e da mãe para o feto ou criança durante o período perinatal. É possível encontrar o HIV na saliva, lágrimas e urina dos indivíduos infectados, mas não há casos registados de infecção por essas secreções e o risco de infecção é insignificante. O tratamento antirretroviral em pacientes infectados também reduz significativamente sua capacidade de transmitir o HIV para outras pessoas, reduzindo a quantidade de vírus em seus fluidos corporais para níveis indetectáveis.

[]Contato sexual

A maioria das infecções por HIV são adquiridas através de relações sexuais desprotegidas entre parceiros, um dos quais sendo portador do HIV. O principal modo de contaminação pelo HIV é através de contato sexual entre membros do sexo oposto.
O preservativo é o metódo mais eficaz de prevenção contra o HIV/AIDS e outras DSTs.
Durante um ato sexual, apenas preservativos masculinos ou femininos podem reduzir o risco de infecção por HIV e outras DSTs. A melhor evidência até agora indica que o uso do preservativo em todas as relações sexuais reduz o risco típico de transmissão heterossexual do HIV em quase 100%. 
O preservativo masculino de látex, se usado corretamente sem lubrificantes à base de petróleo, é a única tecnologia disponível mais eficaz para reduzir a transmissão sexual do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Os fabricantes recomendam que lubrificantes à base de petróleo, como vaselina, não devem ser utilizados com preservativos de látex, porque dissolvem o material, fazendo com que o preservativo fique poroso. Se a lubrificação é desejada, os fabricantes recomendam usar lubrificantesà base de água. Os lubrificantes à base de óleo pode ser usado com preservativos de poliuretano.
Os preservativos femininos são feitos geralmente de poliuretano, mas também são feitos de látex e borracha nitrílica. Eles são maiores do que os preservativos masculinos e têm uma abertura mais rígida em forma de anel com um anel interno projetado para ser introduzido na vagina mantendo o preservativo em seu lugar, inserir o preservativo feminino requer apertar o anel. Preservativos femininos foram apresentados como uma estratégia importante de prevenção do HIV. Atualmente, a disponibilidade de preservativo feminino é muito baixa e o preço continua a ser proibitivo para muitas mulheres.
Estudos sobre casais com um dos parceiros infectado mostram que, com o uso consistente do preservativo, as taxas de infecção pelo HIV para o parceiro não infectado são inferiores a 1% ao ano. As estratégias de prevenção são bem conhecidas nos países desenvolvidos, mas estudos epidemiológicos e comportamentais na Europa e América do Norte sugerem que uma minoria significativa de jovens continuam a exercer práticas de alto risco, apesar do conhecimento de HIV/AIDS, subestimando seu próprio corpo a se infectar com o HIV.
Ensaios clínicos randomizados têm demonstrado que a circuncisão masculina reduz o risco de infecção por HIV entre homens heterossexuais em até 60%. Espera-se que este procedimento seja promovido activamente em muitos dos países afetados pelo HIV, embora isso implicará enfrentar uma série de questões práticas e culturais. No entanto, os programas para incentivar a utilização do preservativo, nomeadamente fornecendo-lhes gratuitamente àqueles em situação de pobreza, são estimados em ser 95 vezes mais eficazes do que a circuncisão em reduzir a taxa de HIV na África subsaariana.

[]Contato com fluidos corporais infectados

Fora do organismo, o HIV pode sobreviver por algumas horas, mas não consegue perfurar a pele de uma pessoa. A transmissão do vírus ocorre geralmente por meio de sangue, esperma e secreções vaginais contaminados. Por isso, algumas medidas de prevenção contra a Aids consistem em: certificar-se de que o sangue a receber numa transfusão não esteja contaminado (nem com vírus HIV, nem da hepatite, dentre outros); utilizar apenas agulhas e seringas descartáveis, que devem ser usadas uma única vez. Utilizar preservativos (camisinha) nas relações sexuais.[carece de fontes]
Os trabalhadores de saúde podem reduzir a exposição ao HIV através do emprego de precauções para reduzir os riscos de exposição a sangue contaminado. Essas precauções incluem barreiras, como luvas, máscaras, proteção dos olhos e jalecos que evitar a exposição da pele ou mucosas com patógenos transmitidos pelo sangue. A lavagem frequente e cuidadosa da pele imediatamente após terem sido contaminados com sangue ou outros fluidos corporais podem reduzir a chance de infecção. Finalmente, objetos cortantes como agulhas, bisturis e vidro, têm que ser cuidadosamente eliminados para evitar ferimentos provocados por agulhas contaminadas. Como o uso de drogas injetáveis é um fator importante na transmissão do HIV nos países desenvolvidos, as estratégias de redução de danos, tais como programas de troca de seringas são usados na tentativa de reduzir as infecções causadas pelo abuso de drogas.

[]Transmissão da mãe para a criança

As recomendações atuais indicam que, quando a substituição da alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável e segura, as mães infectadas pelo HIV devem evitar amamentar seus bebês. No entanto, se este não for o caso, a amamentação exclusiva é recomendada durante os primeiros meses de vida e descontinuada o mais breve possível. Note-se que as mulheres podem amamentar as crianças que não são suas, como as amas de leite.

Tratamento

Não existe atualmente nenhuma vacina disponível para o HIV ou a cura para o HIV ou para a AIDS. Os únicos métodos conhecidos de prevenção baseiam-se evitar a exposição ao vírus ou, na falta desta, um tratamento antirretroviral diretamente após uma exposição, chamado profilaxia pós-exposição (PEP). A PEP tem um calendário muito exigente de quatro semanas de dosagem. Ela também tem efeitos secundários muito desagradáveis incluindo diarreia, mal estar, náuseas e fadiga.

[]Tratamento antiviral

Abacavir – um análogo nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa (NRTIs ou NARTI)
Estrutura química do Abacavir
Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções da biologia do vírus que são suficientemente diferentes de funções de células humanas:
  1. Existem inibidores da enzima transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas:
    • AZT, ddC, ddI, d4T, ABC (todos análogos de nucleótidos)
    • nevirapina, delavirdina, efavirenz (inibidores diretos da proteína), outros.
    • Inibidores da protease que cliva as proteínas do vírus após transcrição: saquinavir, indinavir, nelfinavir, amprenavir, ritonavir,atazanavir, darunavir, tipranavir e outros.
    • Inibidores da enzima integrase, que faz com que o material genético do vírus entre no núcleo da célula: raltegravir.
    • Inibidores do CCR5, impedindo um dos passos de ligação do HIV à célula alvo: maraviroc, vicriviroc.
    • Inibidores de fusão, impedindo que o vírus funda seu envelope à membrana plasmática da célula alvo: enfuvirtida.
Hoje em dia o uso de medicamentos é em combinações de um de cada dos três grupos. Estes cocktails/coquetéis de antivíricos permitem quase categorizar, para quem tem acesso a eles, a SIDA em doença crónica. Os portadores de HIV que tomam os medicamentos sofrem de efeitos adversos extremamente incomodativos, diminuição drástica da qualidade de vida, e diminuição significativa da esperança de vida. Contudo é possível que não morram diretamente da doença, já que os fármacos são razoavelmente eficazes em controlar o número de virions. Contudo houve recentemente notícias de um caso em Nova Iorque cujo vírus já era resistente a todos os medicamentos, e essas estirpes poderão "ganhar a corrida" com as empresas farmacêuticas.
Os medicamentos atuais tentam diminuir a carga de vírus, evitando a baixa do número de linfócitos T CD4+, o que aumenta a longevidade do paciente e a sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o paciente começar a ser tratado com medicamentos maior a chance de evitar o desenvolvimento das doenças oportunistas.
No Brasil, o Ministério da Saúde aborda o tratamento da doença da seguinte maneira: pacientes assintomáticos sem contagem de linfócitos T CD4+ disponível - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 > 350 células/mm3 - não tratar; pacientes assintomáticos com CD4 entre 200 e 350 células/mm3 - considerar tratamento; pacientes assintomáticos com CD4 < 200 células/mm3 - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns; pacientes sintomáticos - tratar e realizar profilaxia contra as doenças oportunistas mais comuns.
Sabe-se que o risco do desenvolvimento de infecções oportunistas (curto prazo) é baixo, muitos especialistas preferem não iniciar o tratamento e monitorar o paciente com contagens de linfócitos T CD4+ e quantificação da carga viral plasmática. Se a contagem de linfócitos T-CD4+ não for realizada, o tratamento deverá ser iniciado. E ao se optar pelo início do tratamento, é indispensável verificar a motivação do paciente e a probabilidade de adesão do mesmo antes de iniciar o tratamento, já que diferentes níveis de adesão podem levar a emergência de resistência ao tratamento (Guia de Tratamento, Ministério da Saúde, Brasil, 2004).
Como não há cura ou vacina, a prevenção tem um aspecto fundamental, nomeadamente práticas de sexo seguro como o uso de preservativo (ou "camisinha") e programas de troca de seringas nos toxicodependentes.
O tratamento anti-HIV causa lipodistrofia entre 15% a 50% dos pacientes.

[]Cura e vacina

As pesquisas sobre Aids costumam receber muitas verbas. Apesar disso, sua cura ainda não foi descoberta, nem foi desenvolvida uma vacina. O que existe atualmente são vários remédios (alguns chamados de coquetéis) que aumentam a sobrevida dos portadores do vírus. Muitas pessoas que não apresentam sintomas podem viver muito tempo sem saber que são portadoras. Outras que manifestam sintomas, quando tratadas adequadamente, podem levar uma vida praticamente normal. Existem pessoas que são portadoras do vírus HIV há mais de dez anos levando uma vida completamente normal.[carece de fontes]
Em 2007, médicos de uma clínica na Alemanha conseguiram curar um paciente com SIDA (AIDS) e leucemia. Os médicos escolheram um doador que tivesse uma mutação no seu DNA capaz de defender o sistema contra o HIV. Após isso, fizeram o transplante de medula óssea no portador da SIDA e leucemia. A surpresa veio ao fazer novos testes, descobriu-se que o vírus HIV tinha sumido do sistema do paciente. Atualmente o paciente já está há mais de dois anos sem o vírus HIV e sem a leucemia. Contudo, a doença ainda pode estar escondida no corpo do paciente. No entanto, o médico que realizou a operação quis "minimizar as falsas esperanças" geradas pelo sucesso da operação, que já foi retratada nas revistas especializadas, já que foi obtida em um caso "muito concreto" e durante o tratamento de outra doença grave. Espera-se que este caso abra caminho para curar outros infectados. Em 2011, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou ter criado uma vacina que foi capaz de criar uma respostas imunológica contra o vírus HIV em 90% dos voluntários, mantendo seu efeito após um ano em 85% deles.
O Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da SIDA, Luc Montagnier, acredita que daqui a alguns anos será possível pelo menos parar com a transmissão da doença.

[]Epidemiologia

Prevalência do HIV/AIDS por país (2008):
██ Sem dados
██ menos que 0,1%
██ 0,1-0,5%
██ 0,5-1%
██ 1-5%
██ 5-15%
██ 15-50%
Estimativa de pessoas vivendo com o HIV/AIDS por país.
A pandemia da AIDS também pode ser vista como várias epidemias de subtipos distintos, os principais fatores na sua propagação é a transmissão sexual e a transmissão vertical de mãe para filho no nascimento e através do leite materno.  Apesar da recente melhoria do acesso ao tratamento antirretroviral e os cuidados de prevenção em muitas regiões do mundo, a pandemia da AIDS custou cerca 2,1 milhões de vidas (variação de 1,9-2,4 milhões) em 2007, sendo que 330.000 pessoas eram menores de 15 anos. Globalmente, cerca de 33,2 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2007, incluindo 2,5 milhões de crianças. Estima-se que 2,5 milhões (variação de 1,8-4,1 milhões) pessoas foram infectadas em 2007, incluindo 420 mil crianças.[7]
A África Subsariana continua sendo de longe a região mais afetada. Estima-se que em 2007, a região continha 68% de todas as pessoas vivendo com AIDS e 76% de todos os óbitos por AIDS, com 1,7 milhões de novas infecções levando o número de pessoas vivendo com HIV para 22,5 milhões, com 11,4 milhões de órfãos da aids vivendo na região. Ao contrário de outras regiões, a maioria das pessoas vivendo com o HIV na África subsaariana em 2007 (61%) eram mulheres. A prevalência em adultos em 2007 foi estimada em 5,0% e a AIDS continua a ser a maior causa de mortalidade nesta região do planeta.
A África do Sul tem a maior população de portadores do HIV no mundo, seguida pela Nigéria e pela Índia. O Sul e o Sudeste da Ásia são a segunda região pior afetado e, em 2007, estima-se que esta região continha 18% de pessoas vivendo com a AIDS e um cerca de 300.000 óbitos devido a doença. A Índia tem cerca de 2,5 milhões de infecções e uma prevalência estimada de adultos de 0,36%. A expectativa de vida da população caiu drasticamente nos paísesmais afetados; por exemplo, em 2006, estimou-se que caiu de 65 para 35 anos em Botswana.
Nos Estados Unidos, jovens mulheres afro-americanas também estão em risco invulgarmente elevado de infecção peloHIV. Os afro-americanos formam 10% da população, mas cerca de metade dos casos de HIV/AIDS em todo os Estados Unidos. Isto acontece devido em parte à falta de informações sobre AIDS e uma percepção de que eles não são vulneráveis, bem como ao acesso limitado aos recursos de saúde e uma maior probabilidade de contato sexual sem proteção.

[]Brasil

No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registraram pelo menos um caso da doença.

]Portugal

Desde 1983 até 2009, a doença já infectou quase 35 mil pessoas em Portugal.


Cultura e sociedade

]Estigma

Ryan White tornou-se uma criança símbolo do HIV depois de ser expulso da escola por causa de sua infecção.
Não se pega Aids convivendo socialmente com um soropositivo. Apertar a mão, abraçar ou compartilhar o uso de utensílios domésticos não traz nenhum risco de contágio.
No entanto, o estigma da AIDS existe no mundo em uma variedade de maneiras, incluindo o ostracismo, rejeição, discriminação e evitação de pessoas infectadas pelo HIV; teste obrigatório de HIV sem o consentimento prévio ou de proteção da confidencialidade das pessoas; a violência contra indivíduos infectados pelo HIV ou pessoas que são percebidas como infectadas pelo HIV e pessoas em quarentena de infectados pelo HIV. O medo da violência e do preconceito impede que muitas pessoas que procuram fazer o teste de HIV retornem para ver o resultado ou iniciem o tratamento, transformando o que poderia ser uma doença crônica tratável em uma sentença de morte, perpetuando a propagação do HIV.
O estigma foi dividido em três categorias a seguir:
  • Reflexo do medo e do receio de que possam ser associados com alguma doença mortal e transmissível.
  • O uso de HIV/AIDS para expressar atitudes em relação aos grupos sociais e estilos de vida que alguns acreditam ser associado com a doença.
  • Estigmatização de pessoas ligadas à questão do HIV/AIDS ou pessoas HIV-positivas.
Muitas vezes, o estigma da AIDS é expresso em conjunto com um ou mais estigmas, particularmente aqueles associadas com a homossexualidade,bissexualidade, promiscuidade, prostituição e uso de drogas intravenosas.
Em muitos países desenvolvidos, há uma associação entre a aids e a homossexualidade ou a bissexualidade, e esta associação está relacionada com níveis mais elevados de preconceito sexual, tais como atitudes anti-homossexuais. Existe também uma associação preconceituosa entre a aids e todo tipo de comportamento sexual entre dois homens, incluindo o sexo entre homens não infectados.

[]Impacto econômico

Mudanças na expectativa de vida em alguns países africanos duramente atingidos pelo HIV (legendas em inglês).
O HIV e a AIDS afetam o crescimento econômico, reduzindo a disponibilidade de capital humano. Sem alimentação adequada, cuidados de saúde e a medicina que está disponível em países desenvolvidos, um grande número de pessoas sofrem e morrem de complicações relacionadas à AIDS. Elas não só são incapazes de trabalhar, mas também necessitam de cuidados médicos importantes. A previsão é de que isto provavelmente irá causar um colapso das economias e das sociedades em países com uma população significativa portadora da AIDS. Em algumas áreas altamente infectadas, a epidemia deixou para trás muitos órfãos cuidados por avós idosos.
O aumento da mortalidade tem resultados em um menor população qualificada e força de trabalho. Esta força de trabalho menor é constituída por pessoas cada vez mais jovens, com conhecimentos e experiências de trabalho reduzidas, levando à redução da produtividade. Um aumento no tempo de folga dos trabalhadores para cuidar de familiares doentes ou de licenças por doença também reduzem a produtividade. O aumento da mortalidade reduz os mecanismos de capital humano e de investimento nas pessoas, através da perda da renda e da morte dos pais.
Por afetar principalmente jovens adultos, a AIDS reduz a população tributável, por sua vez, reduzindo os recursos disponíveis para gastos públicos como educação e serviços de saúde não relacionados à AIDS, resultando em aumento da pressão sobre as finanças do Estado e em um crescimento mais lento da economia. Isso resulta em um menor crescimento da base de cálculo, um efeito que é reforçado se houver gastos crescentes para tratar os doentes, em treinamento (para substituir trabalhadores doentes), subsídio de doença e para cuidar dos órfãos da AIDS. Isto é especialmente verdadeiro se o aumento acentuado da mortalidade adulta deslocar a responsabilidade da família para o governo em cuidar desses órfãos.
No nível familiar, os resultados da AIDS é a perda de renda e o aumento dos gastos com saúde pelo responsável da família. Um estudo realizado na Costa do Marfim mostrou que famílias com um paciente HIV/AIDS gastam duas vezes mais em despesas médicas do que outras famílias.

[]Religião e aids

O tema da religião e da AIDS tornou-se extremamente controverso nos últimos 20 anos, principalmente porque muitos proeminentes líderes religiosos declararam publicamente a sua oposição ao uso de preservativos, o que os cientistas indicam como o único meio atual de deter a epidemia. Outras questões envolvem a participação de religiosos nos serviços de saúde universal e a colaboração com as organizações seculares como a UNAIDS e a Organização Mundial de Saúde.

[]Reavaliação da AIDS

Um pequeno número de ativistas questionam a ligação entre o HIV e a AIDS, a existência do HIV, ou a validade dos métodos atuais de tratamento (indo longe ao afirmar que a terapia em si foi a causa de mortes por AIDS). Apesar de estas alegações terem sido examinadas e completamente rejeitadas pela comunidade científica, continuam a ser promulgadas pela Internet e ainda têm um impacto político significativo. Na África do Sul, o ex-presidente Thabo Mbeki apoiou a negação da AIDS, o que resultou em uma resposta ineficaz do governo à epidemia que tem sido responsável por centenas de milhares de mortes relacionadas à aids.

http://pt.wikipedia.org/wiki/SIDA

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